segunda-feira, 31 de dezembro de 2007

2008

Ao Deus que nos ama e nos quer feliz, ouso pedir a saúde recomendável para pessoas que já passaram dos 40. Aproveito e peço a paz tão necessária e cada vez mais ausente na vida de tantos que nos rodeiam; não só a paz de quem não usa ou não ou não quer ser vítima de instrumentos belicosos, mas aquela paz interior dos que sentem e interagem com Tua presença. Peço, ainda, Senhor, que eu não me canse ao ver os valores sendo massacrados pelo ódio e rancor, a ganância a vencer os gestos de solidariedade e de partilha, e o desamor de tantos e outros mais. Não permita, Senhor, que eu desanime ou recue frente aos obstáculos da jornada, que eu não deixe morrer ou sequer diminuir a Graça que me destes no dia que aceitei Teu amor. Mesmo que eu não queira ou não peça, converte o meu coração, ajuda-me a ser melhor, ao menos parecido com aquilo que sonhastes pra mim no dia em que escrevestes meu nome na palma de Tua mão. Dá-nos saúde e paz, Senhor. Amém!

quarta-feira, 26 de dezembro de 2007

Presente de Natal

Nas manhãs de Natal, logo ao acordar, a primeira coisa que a gente fazia era procurar embaixo da cama o presente deixado pelo Papai Noel, durante a madrugada. Uma bola ou um caminhão boiadeiro, em miniatura, parecido com aquele que o papai Fernando transportava gado pelas estradas do país? Não importava o tamanho nem o valor material, o Papai Noel sabia que qualquer presente nos faria feliz. Lembro de muitos Natais e do santo orgulho de nós todos em mostrar aos amigos as surpresas deixadas pelo Bom Velhinho. Dois presentes eu sempre desejei, mas infelizmente Noel nunca pôde trazer: um autorama e um forte apache, sonhos de consumo das crianças de minha geração. Hoje, se eu pudesse fazer um pedido ao Papai Noel, eu deixaria escrito naquela velha meia: “Querido Papai Noel, deixa eu ver e abraçar de novo, nem que seja por alguns minutinhos, o verdadeiro Noel, meu pai Manoel Fernando. Se não for pedir muito, deixa eu poder abraçar mais uma vez meu irmão Luiz Carlos”.

segunda-feira, 17 de dezembro de 2007

Nosso pé de limão cavalo

Limão Rosa, limão Francês, limão vinagre, limão Cavalo, entre outros nomes, é o porta-enxerto mais utilizado na citricultura paulista, atualmente com mais de 80% de participação nos pomares. A razão principal da preferência é sua produtividade alta e precoce. Plantas enxertadas em limão Cravo geralmente têm boas safras a partir dos 3 anos de idade. Talvez a maior responsável pelo desempenho deste cavalo seja sua resistência à seca, já que mais de 90% de nossa citricultura depende das chuvas para suprimento de água, e estiagens de 60 a 120 dias durante a florada são comuns. Tantas qualidades não foram suficientes para convencer os (ir) responsáveis pelo setor de jardinagem do município. Semana passada, ordem superior determinou o boçal extermínio da árvore plantada por nosso santo pai Manoel Fernando Candido havia cerca de 15 anos, em canteiro na Avenida Paulo Roberto Scandar. Por ser um dos primeiros moradores do lugar e por querer guardar lembrança da planta que enfeitava a entrada da casa de sua santa mãe Alvarina, Fernando plantou e cuidou daquele pé de limão Cavalo com carinho de quem tem consciência ecológico e amor à natureza. Porque foi morar com Deus na Páscoa de 1998, Fernando não estava lá para defender sua plantinha na hora do crime. Sorte dos algozes de então, sorte deles...

segunda-feira, 10 de dezembro de 2007

Decisão difícil

Tenho aprendido com diversos pensadores que o perdão é o grande segredo para a libertação. O padre Léo e a ‘médica das almas’ Agnes Sanford insistem que ‘sem o perdão não existe nenhuma possibilidade de cura e restauração. Sem o perdão de tudo o que nos aconteceu no passado, não temos futuro’. Léo ensina ainda que ‘a ofensa do passado se transforma em obstáculo para o amor, no futuro’. Juro que tenho lutado para persistir nesse ‘tratamento de longo prazo’. Não é fácil, leva tempo, exige esforço, dói na hora, parece aumentar a ferida, necessita de persistência, mexe com a área machucada, incomoda e cansa. O perdão lembra injustiça, já que se supõe passar por cima da ofensa recebida. A vingança, ao contrário, é uma forma de compensação. E não se exige grande esforço para se vingar de alguém; ao passo que, para perdoar, é preciso autodomínio, persistência e, sobretudo, humildade ativa. Tomara que eu consiga. “A ninguém fiqueis devendo coisa alguma, a não ser o amor recíproco; porque aquele que ama o seu próximo cumpriu toda a lei” (Rm 13,8).

quarta-feira, 5 de dezembro de 2007

Todo o céu espera por você!


Pela vida descrita do rico – no Evangelho de São Lucas 16:19-31 –, vê-se que ele estava acostumado a levar uma vida vazia, e assim, o coração dele foi se endurecendo. Não é pelo fato de ser rico que ele caiu nessa situação, é porque, ao se aplicar somente às coisas dessa terra, esquecendo-se de que somos cidadãos do céu, o coração dele foi se endurecendo.

"Havia um homem rico, que se vestia com roupas finas e elegantes e fazia festas esplêndidas todos os dias. Havia também um mendigo, por nome Lázaro, todo coberto de chagas, que estava deitado à porta do rico" (Lc 16,19-20). Este homem abastado não tinha outra ocupação e preocupação. Se ele se vestia com roupas bonitas e elegantes e dava festas todos os dias era porque só se preocupava com coisas passageiras.

A Palavra de Deus é sempre atual. As parábolas – que Jesus contou – servem para todos nós ainda hoje. O Senhor as utiliza porque quer nos dar um grande ensinamento. Nós podemos perder a vida eterna por sermos cidadãos da terra e não do céu.

A porta do céu está aberta para receber a todos, mas se a pessoa vive "engordando" apenas o corpo, o orgulho e a vaidade, ela não vai conseguir entrar no reino dos céus. De que lado você quer ficar? Graças a Deus, ainda dá tempo – não o perca mais! Todo o céu espera por você!

seu irmão,

Monsenhor Jonas Abib (5/12/2007)
www.cancaonova.com.br

terça-feira, 4 de dezembro de 2007

Vicentinos lançam Campanha do Natal 2007

A Sociedade de São Vicente de Paulo (SSVP) percorrerá as ruas de nossa cidade, neste sábado e domingo, arrecadando alimentos para a sua tradicional Campanha do Natal. Os Vicentinos solicitam a colaboração da população, com a doação de gêneros alimentícios não perecíveis.

A SSVP lembra que esses alimentos serão utilizados para confecção de cestas básicas para serem entregues as famílias carentes de nossa cidade. Ano passado, foram atendidas 692 famílias.

segunda-feira, 3 de dezembro de 2007

Pedi e recebereis


"Ora, se vós que sois maus sabeis dar boas coisas aos vossos filhos, quanto mais o Pai do céu dará o Espírito Santo aos que pedirem" (Lc 11,13).

Ser cheio do Espírito Santo, não é uma opção, é uma questão de necessidade, principalmente nestes tempos tão conturbados em que vivemos. É a provisão indispensável para a nossa sobrevivência temporal e espiritual.

O Senhor nos ensinou o segredo: é só pedir: "pois quem pede recebe; quem procura encontra; e a quem bate se abrirá" ( Lc 11,10).

A maior graça que devemos pedir ao Senhor é a de sermos cheios do Espírito Santo. Façamos a experiência, depois colhamos os frutos e passemos a receita adiante.

No dia de hoje, invoque insistentemente a presença do Divino Amigo Santo na sua vida e na face da terra.

Vinde, Espírito Santo!


Jesus, eu confio em Vós!
Luzia Santiago (3/12/2007)
www.cancaonova.com

Menores, bebidas e esmolas

Recentemente, decisão do Ministério Público tirou menores dos clubes da cidade, sob a justa alegação de que nestes locais existe o consumo indiscriminado de bebidas alcoólicas. A determinação, apesar de bem intencionada e embasada em lei municipal, Estatuto do Menor e do Adolescente, e relatos do Conselho Tutelar do município, invés de solucionar o problema só fez mudar o local para as ‘ilicitudes’. O consumo de bebidas entre menores, agora, é mais intenso na Avenida Paulo Roberto Scandar e pátio de postos de combustíveis. Caso aja interesse das autoridades é só dar uma passadinha neste locais ao finais de semana para conferir rodinhas de adolescentes dos 12 aos 16 anos consumindo muita vodka com refrigerante (de preferência, vodka vagabunda – é muito mais barato). Se proibir o consumo aqui, eles vão beber acolá. O motivo é simples: apesar de lei contrária, bebida é vendida a torto e direito em bares, mercados e similares. Falando em menores, e a presença diária de ‘guardadores de carros’ em frente de restaurantes e lanchonetes, sempre a pedir uns trocadinhos? Dinheiro para comprar alimentos? Duvido e o dó!.

quinta-feira, 29 de novembro de 2007

Fuja das inquietações do coração

Se perdermos a paz do coração deveremos fazer tudo para recuperá-la.

É importante sabermos que – por disposição do nosso Pai e Criador – nenhum acontecimento deste mundo é razão para que percamos ou turbemos a paz do nosso coração.

Sabendo que Deus está conosco – atravessaremos todas as tribulações com paz no coração – e suportaremos, com a alma tranqüila, todas as amarguras e contrariedades desta vida.

Por isso, quando percebermos que alguma coisa começa a nos inquietar, não demoremos em tomar a arma da oração para nossa defesa. Uma garantia que temos contra as inquietações do coração é manter sempre a mente elevada para as coisas de Deus.

Peçamos, hoje, a Jesus que nos conceda a graça de sermos homens e mulheres de paz.


Jesus, eu confio em Vós!

(fonte: Luzia Santiago (29/11/2007)
www.cancaonova.com.

quarta-feira, 28 de novembro de 2007

Jovens da Fundação Semeando Sonhos estagiam em empresas da cidade

Os 30 jovens que participam do Programa de Educação para o Trabalho (PET), parceria entre e Fundação Edmilson, o Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (Senac) e a Roca, iniciaram esta semana uma jornada de estágio em diversas empresas de Taquaritinga. Trata-se da Estação de Vivência, que visa ampliar as oportunidades de trabalho aos adolescentes que participam do PET, preparando-os para o ingresso no mercado de trabalho e aprimorando as habilidades necessárias ao bom desenvolvimento dos serviços.

Empresas como a Recapex, jornal Tribuna, Auto Posto Eldorado, Pacific Blue, Casa Modelo, Info Work, Micro & Mídia, Casa Fucci, Palácio dos Sorvetes, Câmara Municipal, Saaet (Serviço Autônomo de Água e Esgoto), Silvana Magazine, 1º Tabelião de Notas e a loja A Econômica, são os parceiros do programa que disponibilizaram seus ambientes de trabalho para colaborar com os estagiários da Fundação Edmilson. No total, o jovem permanecerá durante 30 horas na empresa. As atividades terão o caráter de aprendizagem e o acompanhamento constante de um supervisor de cada setor.

Para o jovem Cleyton Henrique Garcia, de 17 anos, o estágio no Tribuna proporciona a possibilidade de aprender na prática a devida profissão. “Este curso que estou fazendo na Fundação Edmilson me proporciona a vivência do dia-a-dia de um profissional, no caso, o jornalista”, disse Cleyton. Ele pretende trabalhar na área de designer e viu que numa redação de jornal existe a possibilidade de exercer a profissão. “Num jornal existe a parte de publicidade, que é onde o designer poderia atuar”, finalizou.

Curso do Senac teve início em julho e tem duração de seis meses.

O Espírito Santo quer nos conduzir

A grande proposta do Senhor neste dia de hoje, para nós, é que confiemos no Espírito Santo.

Com certeza, ao longo do dia, vamos precisar de graças extraordinárias para enfrentar determinadas situações. Nós precisamos do Divino Amigo com os carismas próprios para a missão que necessitamos realizar hoje. Somente assim poderemos enfrentar os sofrimentos e dificuldades como fizeram os grandes homens da Bíblia, como Abraão, Moisés, Paulo, Pedro, Estêvão, Tiago e cada um dos primeiros cristãos.

O Espírito Santo quer nos conduzir para que vivamos segundo o coração de Deus. O Senhor quer nos dar o seu Espírito Santo; a nossa parte é apenas nos abrir para recebê-Lo.

''Então, eu me lembrei do que o Senhor havia dito: João batizou com água, mas vós sereis batizados no Espírito Santo'' ( Atos 11,16).

Peçamos ao Senhor a graça de sermos cheios do Espírito Santo: 'Derrama sobre mim, Senhor, o Espírito Santo sem medida, justamente por causa das tarefas que precisam ser realizadas hoje'.
Texto de Luzia Santiago (28/11/2007)
Canção Nova

terça-feira, 27 de novembro de 2007

Cilas Cremma é reeleito presidente do Náutico

Cilas Cremma e Henrique de Barros foram reeleitos, presidente e vice da diretoria executiva do Clube Náutico Taquaritinga para um mandato de mais dois anos (biênio 2008/2009), em eleição, na segunda-feira (26), na Casa do Advogado.

A chapa Transparência e Trabalho, que não teve oposição, recebeu 100 votos de sócios fundadores do clube. Seis pessoas votaram em branco e sete votos foram anulados.

“A reeleição aumenta nossa responsabilidade, mas com o apoio de toda a diretoria nós vamos continuar trabalhando para atender aos anseios dos nossos associados”, disse Cremma.

Demônios de ficção

Quem se deu ao trabalho de estudar a sua própria religião e as religiões dos outros, sabe que em todas elas há o elemento realidade e o elemento ficção. Isto é: elas trabalham com o histórico palpável e de provas cabíveis e com o imaginário que não se pode provar, mas existe. Mais ainda: há lendas, histórias pedagógicas e personagens que ilustram algum ensinamento moral. O próprio Jesus criou alguns personagens em suas parábolas para ensinar verdades. Eles não existiram, nem Jesus pretendeu que eles existissem. O filho pródigo, a mulher que perdeu a moeda, o bom samaritano... Nem tudo o que está nos livros sagrados aconteceu realmente. Mas não deixam de ser histórias que libertam e educam para a fraternidade.

Nossa Bíblia contém narrativas de salvação, acontecidas na História e histórias de salvação que não aconteceram, mas ajudam a salvar pelo se denso conteúdo ético. O Filho Pródigo é uma dessas histórias. Mas aí, o autor, em geral, deixa claro que é ficção que educa.

Quando, porém, se passa ao fiel, à guisa de realidade, algo que é teatro ou ficção, a mente desse fiel tem enorme dificuldade em voltar à realidade. É o caso de algumas visões e recados de videntes, ou dos exorcismos de televisão. Estudiosos do que se convencionou chamar de possessão sabem que não há demônios submissos e obedientes ao pregador. O uso do nome de Jesus, nesses casos, torna-se abuso porque não há demônio a ser expulso. Demônios submissos demais que aparecem ao comando do pregador, não são demônios: são coadjuvantes. É o que se chama hoje de demônios de palco. O personagem principal é o pregador que chama a atenção para si. O nome de Jesus aparece em segundo plano e o demônio é um brinquedo com quem o pregador até se diverte, tamanho parece ser o poder que Deus lhe deu. Nem Jesus fez isso e nunca o fez com essa freqüência e com esse tipo de exibição de poder.

Demônios que respondem a todas as perguntas do pregador e dizem tudo o que o pregador quer ele diga para impressionar os presentes é ator secundário numa peça, em que o grande personagem é o dominador. O que as religiões entendem por demônio não cabe naquele conceito. É ficção. Vale tanto quando uma peça de teatro. Qualquer ator pode reproduzir aquilo. Há embuste nas perguntas, nas explicações e na voz dos possuídos. Pelo que se tem ciência no passado, os verdadeiros casos que os estudiosos não conseguiram explicar são bem mais misteriosos e o som que os possessos emitem é outra coisa.

Quem quiser acreditar acredite. Mas submetam aqueles sons a uma análise, destrinchem aqueles ruídos e se verá que era apenas a voz alterada da pessoa também alterada. Não veio de nenhum outro lugar, senão da cabeça e da garganta de quem tentou modifica-la, mas não conseguiu mais do que aquilo. No passado isso era charlatanismo. Agora talvez, tenha mudado de nome. Mas não se trata dos demônios aos quais as religiões e referem. Estes, se aparecerem de verdade, farão o que os demônios fizeram no livro dos Atos àqueles que brincavam de expulsa-los. Seja curioso e leia! (At 19,1-17) Depois, questione!

Texto de Padre Zezinho (21/11/2007)

ceu.climatempo.com.br


segunda-feira, 26 de novembro de 2007

Oração do perdão

A partir deste momento......... e para sempre,
eu... (diga seu nome)
Perdôo todos os meus antepassados,
Perdôo todos os meus familiares,
Perdôo todas as pessoas que de alguma forma me ofenderam,
Perdôo especialmente quem me provocou até que eu perdesse a paciência,
Perdôo todas as pessoas que rejeitaram meu amor e o meu carinho.
Assim seja, para todo o sempre, amém!

Você é sensível ao seu próximo

Precisamos ser sensíveis ao nosso próximo mais próximo. Às vezes, as pessoas com as quais convivemos estão sofrendo, estão tristes e desanimadas e não somos capazes de perceber, porque só pensamos em nós mesmos, em nossos problemas.

Sempre que olharmos para uma pessoa, olhemos pensando que ela precisa ser amada, que ela pode estar sofrendo muito e estar precisando de ajuda. Isso vai nos ajudar a sair de nós mesmos – assemelhando-nos a Jesus, que veio para servir e nos convida a fazer o mesmo.

Ninguém aparece na nossa vida à toa. Deus sempre tem um propósito quando põe alguém ao nosso lado.

Peçamos ao Senhor a graça de sermos sensíveis às pessoas que Ele vai colocar hoje em nossa vida.

Texto de Luzia Santiago
www.cancaonova.com.br

Cinco notícias e uma saudade

Penso na Melody. Quando ela veio, houve tristeza e os pais e parentes e amigos perguntaram porquê. Quando ela se foi, os mesmos pais parentes e amigos perguntaram porquê. Sem saber porque, deram-lhe o nome de melodia: Melody. Veio com olhos amendoados e Síndrome de Down. Foi-se aos treze anos, o corpo inteiro coberto de feridas causadas pela leucemia.

Nos dias em que ela veio perguntaram a mim, sacerdote e amigo que tive pais paralíticos e um sobrinho neto com problema semelhante ao dela, como enfrentar aquela situação. Fui um dos muitos que lhes disseram que ela mais ensinaria do que aprenderia com eles. Os mártires ensinam. Parecem arbustos que crescem tortos e feridos, mas cujos frutos são mais doces do que os de muitas árvores sadias.

Assim aconteceu. Encheu a casa de risos, carinho, abraços e situações inusitadas. O corpo no qual ela morava, pois viam que ela era maior do que os seus limites, pregou-lhe muitas peças, a começar com pelo cérebro que não assimilava tudo. Mas amor e perdão ela assimilava mais depressa do que qualquer um. Não fingia. Era sempre a mesma. A alma era sadia como esses raros riachos que, milhas depois da nascente, continuam com a mesma pureza e transparência. Amar, era com ela! Às vezes, por algumas soluções que encontrava, quem vivia ao seu lado se perguntava sobre quem ali era mais carente. Mais educou do que foi educada.

De repente a outra notícia: Melody contraíra leucemia. Finalmente, meses depois, a noticia final: Melody morrera aos treze anos.

Cinco notícias: a da concepção, a do nascimento, a da síndrome, a da leucemia e a da morte. Quando liguei para externar meus sentimentos a vó lembrou: - “Você disse que ela era como essas conchas que não se parecem com as outras conchas, mas são feitas do mesmo material e às vezes chamam mais atenção do que as outras. Sentiríamos orgulho de ter um ser humano diferente e especial entre nós. Aprenderíamos que um ser humano é o que é e não o que parece ser”.

Arrematei. – “Foi o que eu disse! Descobriram depois das lágrimas do dia em que ela veio, o sorriso de tê-la em sua família. Agora, depois do choro e da saudade porque ela se foi, descobrirão a paz de ter experimentado as gotas de sua alma cristalina. Só Deus sabe o que faz e porque faz. A nós resta chorar, sorrir ou tentar entender. Mas a vinda dela humanizou vocês e lhes deu dois diplomas. Um, quando ela veio e outro, quando se foi. Pouca gente sabe acolher como vocês acolheram. A tristeza e a saudade doerão. Mas vocês agora sabem mais do que o comum das famílias. Anjos existem, e um deles morou treze anos no colo, nos ombros e na casa de vocês!” Mais, não disse. Nem precisaria! Os mestres são eles.

Texto de Padre Zezinho scj
ceu.climatempo.com.br

A rádio do povo

O show de solidariedade dos anjos da guarda, que não se cansam de partilhar seus dons com os mais humildes; o colóquio da Malú Monteiro e Fio Canova, a alegria diária das tardes de milhões; a simplicidade do Valdomiro Núncio, o preferido em mais de 180 cidades; o fuchiqueiro Delcimar Guissoni, sucesso em todos os horários; o agito do Edvir Delapina, o rei das nossas manhãs; a alegria contagiante da recepcionista Fátima. Em todos os horários a Canal Um FM é campeã na preferência popular. É a emissora promotora dos mais lindos eventos, que aproxima as pessoas e faz campanhas para a arrecadação de alimentos, cadeiras de rodas e medicamentos, com o envolvimento de todos os funcionários da casa, desde a portaria até a direção. Até a doação de casais de patos e garnisés, a rádio conseguiu para seus ouvintes. É mole? É por isso e muito mais que a cidade elegeu: Canal Um FM, um verdadeiro caso de amor por Taquaritinga.

segunda-feira, 19 de novembro de 2007

Uma coisa é uma coisa....

Carlinhos Pedrassoli ameaçou até perder a amizade cultivada no Tiro de Guerra se este reles escrivinhador citar o sobrenome da ‘família’, quando das críticas ao desempenho profissional do atual chefe da Comutran, Jether Pedrassoli. “Se quiser falar, fala Jether, mas não cita Pedrassoli”, afirmou. Carlinhos tem lá suas razões porque para nós pobres mortais, às vezes, é difícil separar o profissional do ser humano, do amigo, do parente, mesmo se tratando de alguém que ocupa um cargo público e, por isso, sujeito às críticas e elogios dos contribuintes. O Jether, com certeza, tem lá suas qualidades, mas, infelizmente, deve estar sendo mal aproveitado no governo, como sói acontecer nas demais secretarias da administração. Poderia render muito mais no setor de fiscalização, chefe de equipe de poda, limpeza pública, ou ocupações similares. À testa da Comissão Municipal de Trânsito repete erros de antecessores. Sobra empenho, mas faltam as qualidades inerentes aos especialistas do setor. Falando nisso, e o tal projeto revolucionário do Coca. Gastaram uma nota preta com o especialista da Morada do Sol e até agora, só trapalhada; nem os semáforos conseguem sincronizar. Mas é bom eu torcer pelo sucesso do Jether senão terei de aturar os ‘puxões de orelhas’ do Carlinhos. Em tempo: longe de mim querer desmerecer o bom nome da família Pedrassoli. Mesmo que quisesse, não conseguiria. Até porque, Sebastião Pedrassoli era amigo-irmão de meu pai. Os dois estão com Deus e também não devem estar gostando nem um pouco dessa estória.

CAT estréia em janeiro contra o Bandeirante no Taquarão

O Departamento Técnico da Federação Paulista de Futebol divulgou a tabela do Campeonato Paulista da Série A-2 de 2008. A competição vai começar no dia 20 de janeiro, uma semana depois da Série A-1.

O CAT estréia na competição, no Taquarão, contra o Bandeirante de Birigui. A segunda partida do Leão será fora de casa, no dia 23, em Araras, contra o União São João. Depois, o Tricolor joga dois jogos em casa: dia 27 de janeiro, com o Comercial, e 2 de fevereiro, contra o Rio Branco, de Americana.

Confira os jogos da 1ª rodada:

20 de janeiro – 16h
Sorocaba x Botafogo

América x União

Lusa Santista x XV de Jaú

Olímpia x Mogi Mirim

Internacional x Oeste

CAT x Bandeirante

Comercial x Rio Branco

Monte Azul x São José

Ferroviária x São Bento

Catanduvense x Santo André

Eleições municipais

As ausências manifestas de Milton Nadir e Tato Nunes nas eleições municipais de 2008 causaram, em princípio, um mal-estar nas hostes oposicionistas. Imaginaram os mais afoitos que a vaca tinha atolado brejo adentro e que tudo conspirava para mais quatro anos de quem só foi críticas à introdução do instituto da reeleição no sistema eleitoral brasileiro. Mas isso é um assunto que fica para outra oportunidade. Baixada a poeira na cozinha, os mesmos apressadinhos perceberam o equívoco e já conseguem vislumbrar um cenário mais promissor no horizonte vindouro. Tal qual a estratégia gramsciana de ocupação de espaços, neo-postulantes pipocam aqui e acolá entre as mais diversas legendas, inclusive entre os atuais apoiadores, nos fazendo crer num advento promissor e mais humano na terra sonhada por Bernardino Sampaio, uma Taquaritinga de verdadeiros taquaritinguenses. É tempo de erguer os olhos para o novo, estufar o peito de cidadão e cantar com Paulo Soledade: “vê, estão voltando as flores, vê nessa manhã tão linda, vê, como é bonita a vida, vê, há esperança ainda...”

terça-feira, 6 de novembro de 2007

Salmo 22

O Senhor é meu pastor, nada me faltará. Em verdes prados ele me faz repousar. Conduz-me junto às águas refrescantes, restaura as forças de minha alma.
Pelos caminhos retos ele me leva, por amor do seu nome. Ainda que eu atravesse o vale escuro, nada temerei, pois estais comigo. Vosso bordão e vosso báculo são o meu amparo.
Preparais para mim a mesa à vista de meus inimigos. Derramais o perfume sobre minha cabeça, e transborda minha taça. A vossa bondade e misericórdia hão de seguir-me por todos os dias de minha vida.
E habitarei na casa do Senhor por longos dias.” (Salmo 22, do rei Davi)

Os salmos

Os salmos são cânticos, louvores ao Criador, pedidos de perdão, súplicas que revelam o sofrimento e as alegrias do rei Davi e de seu povo. Muitos dos salmos são preces e súplicas do rei de Israel em momentos de dificuldade. Quero repetir com Davi, o Salmo 53: “Pela honra de vosso nome, salvai-me, meu Deus! Por vosso poder, fazei-me justiça. Ó meu Deus, escutai minha oração, atendei minhas palavras, pois homens soberbos insurgiram-se contra mim; homens violentos odeiam a minha vida: não têm Deus em sua presença.
Mas eis que Deus vem em meu auxílio, o Senhor sustenta a minha vida. Fazei recair o mal em meus adversários e, segundo vossa fidelidade, destruí-os. De bom grado oferecer-vos-ei um sacrifício, cantarei a glória de vosso nome, Senhor, porque é bom, pois me livrou de todas as atribulações e pude ver meus inimigos derrotados.”

segunda-feira, 15 de outubro de 2007

A crença do velho árabe analfabeto

Conta-se que um velho árabe analfabeto orava com tanto fervor e com tanto carinho, cada noite, que certa vez, o rico chefe de uma grande caravana chamou-o à sua presença e lhe perguntou :
- Por que oras com tanta fé? Como sabes que Deus existe, quando nem ao menos sabes ler? O velho respondeu: Grande senhor, conheço a existência de Nosso Pai Celeste pelos sinais dele. - Como assim? indagou o chefe, admirado. O servo humilde explicou: Quando o senhor recebe uma carta de pessoa ausente, como reconhece quem a escreveu? - Pela letra - respondeu. Quando o senhor recebe uma jóia, como é que se informa sobre o autor dela? - Pela marca do ourives. O servo sorriu e acrescentou: Quando ouves passos de animais, ao redor da tenda, como sabes, depois, se foi um carneiro, um cavalo, um boi? - Pelos rastros - respondeu o chefe, surpreendido. Então, o velho analfabeto convidou-o para fora da barraca e, mostrando-lhe o céu, onde a lua brilhava, cercada por multidões de estrelas, e exclamou, respeitoso: - Senhor, aqueles sinais lá em cima, não podem ser de homens! Neste momento, o orgulhoso caravaneiro de olhos lacrimosos, ajoelhou-se na areia e começou a orar também. A narrativa comovente de autor desconhecido no ensina que Deus, mesmo sendo invisível aos nossos olhos, deixa-nos sinais em todos os lugares: na manhã que nasce calma, no dia que transcorre com o calor do sol ou com a chuva que molha a relva... Senhor, ensina-nos a percebê-lo nas maravilhas da criação. Amém!

São Francisco de Assis

Na quinta-feira (4), católicos de todo o mundo renderam homenagens ao mais italiano dos santos e mais santo dos italianos. Francisco, nascido em Assis, na Itália, em 1182, era filho de um rico comerciante de tecidos, quando teve um sonho revelador: foi convidado a trabalhar para o Patrão e não para o servo. Pouco tempo depois, em 1205, enquanto rezava na igrejinha de São Damião, ouviu a imagem de Cristo lhe dizer: Francisco, restaura minha casa decadente. O chamado, ainda pouco claro, foi tomado no sentido literal e o santo vendeu as mercadorias da loja do pai para restaurar a igrejinha. Como resultado, o pai, indignado com o ocorrido, deserdou-o. Com a renúncia definitiva aos bens materiais paternos, Francisco deu início à sua vida religiosa, unindo-se à Irmã Pobreza. Com a ajuda de 11 companheiros, fundou a Ordem dos Frades Menores, depois, com sua fiel amiga Santa Clara, deu início a Ordem das Damas Pobres ou Clarissas. Sua devoção a Deus não se resumiria em sacrifícios, mas também em dores e chagas. Enquanto pregava no Monte Alverne, nos Apeninos, em 1224, apareceram-lhe no corpo as cinco chagas de Cristo, no fenômeno denominado estigmatização. Em 1226, o poeta e amante da natureza foi chamado ao Reino dos Céus. Seu canto ao Irmão Sol, Irmã Lua ainda ecoa por todo mundo. Graças à Deus!

segunda-feira, 1 de outubro de 2007

Dá vontade de chorar

Deu vontade de chorar! A mãe, aos 15 anos, chegou desesperada na Canal Um FM, na manhã de sábado (22), com a filha chorando de fome. Ela não tinha dinheiro para comprar o leite de soja receitado pelo médico, para a filha de seis meses, que sofre de alergia ao leite de vaca e seus derivados. A pobre criatura foi condenada a passar a noite anterior a papa de bolacha porque a autoridade da Assistência Social do município teria dito que o leite de soja só poderia ser entregue no próximo dia 10 de outubro. Até lá, mãe e filha teriam de se virar e comprar o raio do leite, que custa em torno de R$ 30. O pediatra receitou quatro latas no mês por pelo menos 180 dias. O calvário da mãe e da filha tem pelo menos três meses de internações em hospitais de Taquaritinga, Ribeirão Preto e Araraquara, aonde os médicos descobriram que a menina tem intolerância à lactose. Colocado o problema na Canal Um FM, não demorou para os ‘Anjos da Guarda’ fizessem aquilo que é dever de quem ganha para promover e assistir os pequeninos. Lembrei também daquela outra mulher que há mais de mês mora debaixo da ponte e se alimenta das águas poluídas do Rio Ribeirãozinho. Isso, sem falar na senhora de 87 anos, que há mais de um ano espera que a autoridade municipal cumpra a promessa e faça a cirurgia no fêmur, para voltar a andar. Dá vontade de chorar! Infeliz de uma cidade que abandona seus filhos. Pobre dá autoridade que não cumpre seu mister!

segunda-feira, 24 de setembro de 2007

Família Canal Um

Após experiências na Imperial AM e Mensagem FM, desde agosto de 2000 fui adotado pela Canal Um FM, um delicioso caso de amor, uma cachaça da boa, daquelas envelhecidas em tonéis de carvalho. Como diria Roberto, são muitas emoções, porém, inebriado por esta paixão, coleciono alguns tombos aqui e acolá, nada sério, coisa de bêbado. Também, como escapar dos dardos envenenados da calúnia e dos contrários, respondendo pela direção do jornalismo numa cidade que vive política 24 horas por dia. Não dá pra agradar todo mundo! De rabo preso com o ouvinte e pelo ouvinte temos tentado levar esse trabalho nesses anos todos, apesar dos políticos. Graças à Deus, meu barquinho teve a felicidade de aportar na ‘Casa da Canal’, um porto seguro onde fala mais alto o respeito e o profissionalismo. Bom trabalhar num lugar onde a direção te dá a liberdade de ousar e praticar atos de solidariedade. E assim tem sido nossa proposta: informação, interatividade e um espaço sempre especial para a partilha solidária. Já perdi a conta das cadeiras de rodas, alimentos, roupas, remédios, móveis e até materiais de construção que os ‘Anjos da Guarda’ distribuíram aos mais carentes aos longo destes anos. Dizem que o rádio é uma cachaça e eu estou bêbado há 25 anos. Feliz aniversário Família Canal Um FM!

Muito trabalho

O Ministério Público, a Câmara e as autoridades municipais terão muito trabalho, caso queiram verificar a quantas anda o caos na saúde e educação municipais. Não é difícil! Basta dar uma espiadela nos jornais da cidade, acompanhar as reuniões do Legislativo, ou prestar atenção aos constantes reclamos da gente mais pobre da cidade. Ainda não se sabe o real motivo, mas as autoridades locais da saúde decidiram encurtar o horário de atendimento nas farmácias municipais e lacraram dos postinhos do Vale do Sol e distritos, além de abortar os exames que eram feitos na UBS da Vila São Sebastião. Teve quem denunciou que sete pacientes de hemodiálise foram enfiados numa única ambulância. Isso, sem contar a extinção do Programa de Saúde da Família, no bairro Paraíso, a falta de remédios de uso contínuo, as filas quilométricas para exames e cirurgias e outras tantas. Na seara educacional, outro furdúncio. A Merenda Escolar Genérica, com pão de patê de abóbora, de segunda à sexta, é pano pra manga para qualquer nutricionista; o Transporte Escolar Sardinha, com crianças amontoadas, sem assentos e monitores, merece um capítulo à parte. Ações desse tipo fariam corar qualquer cidadão preocupado com o bem-estar de sua gente, em especial daqueles que não têm voz nem vez. O que pensam as autoridades?

quarta-feira, 12 de setembro de 2007

Quatro filhos pródigos

Um belíssimo casal, com quase 30 anos de casados, cinco filhos próprios e três adotivos falava com certa tristeza, dos filhos que deixaram a fé católica. Ajudaram a criar creches, fizeram todas as caridades imagináveis, pagam dízimo para a paróquia e para duas outras comunidades de vida, exímios pais e cidadãos, gente de fé profunda, de repente quatro filhos optaram por deixar o catolicismo. Dois não mais freqüentam, um foi para uma igreja pentecostal e outro anda de namoro com um grupo esotérico.

Olhei-os bem nos olhos e perguntei se tinham criado águias ou serpentes.

-Achamos ter criado águias. Fizemos de tudo para ensiná-los a voar livres e saber o seu espaço.- Continuei:
-Então joguem fora essa culpa e essa tristeza. Filhotes de águia, mesmo quando não voam nem usam as asas, não viram cobra. No devido tempo, quem foi para lá, vai voltar e quem saiu do espaço, a ele tornará. -Ela sorriu serena:
-Deus o ouça, padre, Deus o ouça!
-A parábola da Ovelha Extraviada e a do Filho Pródigo, em Lucas 15,1-32 foram contadas para gente como vocês! Nem Deus tem culpa quando vamos embora, nem vocês, que fizeram tudo o que seu amor de pais lhes inspirou. Filho é alma livre. Alguns deles, águias mais inquietas, acabam se cansando do ninho ou dos seus arredores e decidem voar noutro espaço do céu. Vão lá experimentar outros vôos e a companhia de outras águias. Mas existe um fenômeno chamado lembranças e outro chamado saudade. Um dia,eles quererão saber mais sobre os cinqüenta anos de vôo dos seus pais. Tenho sessenta e quatro anos e já vi muita gente ir embora e voltar. Se vocês fossem maus pais, eu também ficaria preocupado. Mas vocês são bons. Então eu sei que nenhuma outra igreja, nenhum outro pregador , nenhum outro grupo vai dar a eles o que amor que vocês deu por mais de vinte anos. O que vai pesar é isso! Quem fala bonito mais cedo ou mais tarde perde para quem ama bonito! Quem os levou para lá ou para fora, falou bonito, mas vocês vivem bonito! Quando seus filhos que se foram descobrirem o que é viver, voltarão! Não sei se serão católicos convictos como vocês, mas respeitarão a Igreja que uniu e suavizou o casal de quem eles vieram.

E disse ela enxugando uma lágrima:
-Não merecemos, mas Deus os ouça, padre! Respeitamos a escolha deles, só que tem que queremos o melhor para eles e seus filhos. E o melhor para nós, por mais difícil e contraditório que seja é ser católico. Pese o que pesar, carregamos esses vinte séculos nas costas. Não se joga fora uma herança desse tamanho! É por isso que ela pesa tanto!

A palavra dele foi curta e madura
-Somos gratos a Deus por nos ter feito católicos. Espero que um dia eles entendam isso!-
Os filhos? Por enquanto estão voando noutro espaço do céu! Por enquanto!

texto de Padre Zezinho – 4/9/07

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Provérbio chinês

Lembre-se de cavar o poço bem antes de sentir sede, ensina um provérbio chinês. Essa preocupação, no entanto, parece ter passado despercebida pelas autoridades responsáveis por administrar o dinheiro público. Mesmo com o preocupante aumento da taxa de mortalidade infantil e o recorde nos casos de dengue, preferiu-se investir muito dinheiro em carnaval e toneladas de fogos de artifício. Quem é que não gosta de comemorar com a família ou com os amigos? Porém, alguém já disse que quem não tem dinheiro para pagar o bolo não deve fazer festa. Ora, esse cuidado deve ter ficado para outra hora, a julgar pela Merenda Escolar genérica servida aos alunos das escolas municipais. Ou será que pão com patê de abóbora, com salsicha ou outro embutido, de segunda à sexta, tem os exigidos valores nutricionais, em especial, para crianças que dependem dessa refeição como a principal ou única refeição do dia-a-dia? Justifica gastar tanto dinheiro em fogos de artifício se os ônibus do transporte de alunos mais parecem uma lata de sardinha, com crianças sem assentos e sem segurança, conforme denúncias de mães preocupadas? Um outro provérbio chinês ensina que visão sem ação é sonho. Ação sem visão é pesadelo!

Nina

Alguém disse que agosto é mês de desgosto, de cachorro louco. Não foi o que aconteceu. O agosto de 2007 nos deu de presente uma adorável companheira, uma coisa fofa e chameguenta que alegra meus dias e de Priscila e nos perturba as noites, quando cisma de dormir com a gente. Pelos negros e olhar da cor da negritude celeste, ela nos ama. Éramos dois, hoje somos três. Quando nos aceitou por ‘donos’, tinha o tamanho pouco maior que a palma de minha mão. Não cresceu muito ainda, mas já toma parte considerável do nosso tempo. Alegria da casa, ela também se permite irradiar felicidade na casa dos pais de Priscila. O Borracha faz questão de visitá-la pela manhã e à tarde, a Joseane e as crianças não ficam um dia sem os afagos e chamegos da Nina. Quem ama os cães sabe que eles gostam de carinhos sem limites. Não se contentam com o afago, querem ouvir coisas, saber que são queridas, cobram um pedaço do nosso pão. A nossa Nina não é uma legítima Dachshund ou Teckel, teve um tiquinho do Zé. A original também é chamada popularmente de lingüicinha ou salsicha no Brasil, por causa do seu corpo longo. O Teckel foi criado para farejar, perseguir, caçar e matar texugos, marmotas e outros animais que habitam buracos. Nossa Nina sabe que pode mais. Sempre que a gente coloca a chave na fechadura, por menor ruído que faça, ela se coloca atrás da porta e nos espera. E sempre é muito bom chegar.

terça-feira, 28 de agosto de 2007

O maior dos mandamentos

Semana passada eu trocava um dedo de prosa com o padre João Francisco acerca da relação Deus/criatura. Sábio, o nosso santo padre recordava da condição sine qua non explicitada por Jesus ao escriba que queria saber o primeiro de todos os mandamentos. ‘Amarás o Senhor teu Deus de todo o teu coração, de toda a tua alma, de todo o teu espírito e de todas as tuas forças’, ensinou-lhe o Mestre. E emendou: ‘amarás o teu próximo como a ti mesmo. Outro mandamento maior que este não existe’. Deus que me conhece muito bem, melhor que eu mesmo, sabe que não tenho conseguido, nem de longe, viver essa proposta. Amar os amigos e aqueles a quem a gente quer bem é mamão com mel. E os inimigos? Eu até quero (vez ou outra), mas meu coração ainda é muito duro. Quantas e quantas vezes eu já não desejei ou sugeri a morte de estupradores, seqüestradores e homicidas. Perdi a conta das vezes que ‘condenei’ ladrões e assaltantes à prisão perpétua ou chibatadas, três vezes ao dia, com vara de marmelo; quantos e quantos políticos eu já ‘sentenciei’ a apanhar com gato morto até o gato miar? Eu sei do maior dos mandamentos, mas não consigo vivê-lo, e, desgraçadamente, não amo meus inimigos. Pior, eu já sei a minha paga; está escrita na primeira carta de João: ‘aquele que diz conhecê-lo e não guarda os seus mandamentos é mentiroso e a verdade não está nele’.

sábado, 18 de agosto de 2007

Sucesso e fracasso

Quanto mais alto, maior é o tombo, ensinava vovó Alvarina. O sucesso, às vezes, também pode ser estrada larga e pavimentada para a perdição, derrocada e falência financeira e moral, se não for bem administrado, com equilíbrio, sobriedade e discernimento. ‘Sucesso e fracasso são temporários, o que permanece é a competência’, ensina o médico psiquiatra Roberto Shinyashiki. Tantos e tantos experimentaram os dois momentos (glória e lama) com tal intensidade que não sabem mais encontrar o caminho de casa, estão mortos apesar da vida aparente. A propósito, foi por demais gratificante ouvir o testemunho de César Menotti por ocasião do grande show na festa do peão de Taquaritinga. Com a autoridade de quem alcançou os limites da fama, e a humilde dos fortes, de quem tem coragem de admitir erros, o parceiro de Fabiano falou que Jesus ‘transformou sua vida’ depois de ‘tirá-lo da lama’ em que vivia, mesmo depois do sucesso profissional, da fama e da riqueza material. Não sei o tipo de ‘lama’ vivida pelo cantor, isso não importa. O que vale é que ele saiu de lá porque teve humilde de reconhecer suas misérias e abrir o coração para a verdadeira e duradoura felicidade: Jesus Cristo.

segunda-feira, 13 de agosto de 2007

Na contramão da história

Para milhões de pessoas a palavra de padre já não é mais importante. Parte considerável da atual geração de ‘católicos’, aqueles do censo do IBGE, pouca ou raramente vai à missa, não sabe o que se passa na vida da comunidade e só entra numa igreja nas cerimônias de casamento ou batizado. Quase sempre na contramão da história, sou do tempo das missas dominicais, da reza do terço e muitos quilômetros rodados na Palavra do Senhor. Eu quero e preciso das coisas de Deus, por causa das minhas muitas misérias e do coração ainda duro. Uma música inspirada, um texto do padre Zezinho, uma palestra do padre Léo, um sermão do padre João, e o Criador se faz presente, meu coração se alegra. Pão que alimenta, água que dessedenta, que refrigera, que purifica é a Palavra. Quero sempre mais e mais desse pão e dessa água, mesmo que o terreno seja ainda pouco fértil e mantenha alguns espinhos a impedir a boa florada. Como aquela corsa que anseia por água pura ou aquele rio que corre para o mar, eu procuro as coisas do alto, das verdades do Pai, mesmo em meio ao pântano do dia-a-dia. Pode até ser cafona ou fora de moda declarar-se apaixonado pelas coisas de Javé, ou Jeová, como chamam os nossos irmãos evangélicos, não importa, não vou mudar meu jeito de ser, não consigo viver longe da santa Palavra.

O Estatuto e a juventude

Na solidão deste espaço, ousei criticar o ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente), por entendê-lo zeloso demais com os direitos do adolescente e igualmente descuidado com os deveres dessa mesma juventude. Reconheço a santa preocupação das autoridades do meu país ao criar leis que garantam ao menor o direito à educação, ao lazer e a uma vida com pouco mais de dignidade. Penso, no entanto, que exageraram no combustível do veículo e esqueceram de sinalizar melhor a estrada a ser seguida. A grande maioria não sabe lidar com essa ‘facilidade’ toda e dá com os burros n’água, ou, arrebenta a cara no ‘poste’ do desemprego, dos vícios, da prostituição. A progressão continuada, ao tempo que liberta o aluno limitado do trauma da repetência, engana esse mesmo aprendiz com a falsa impressão de que será assim no vestibular ou na disputa por aquela vaga de emprego. Impedidos pelo Estatuto de aprenderem um ofício dos 12 aos 16 anos, nossos jovens só sabem falar de balada, MSN, orkut, bebida e azaração. ‘É de menino que se endireita o pepino’, já dizia minha vó. Meu avô Benedito Candido sabia a hora de dar corda ao cavalo e o tempo certo de segurá-lo na rédea curta. Ao lado de Alvarina, criou filhos felizes, trabalhadores e honrados. Não tinha muito combustível a oferecer, mas sabia apontar o caminho e caminhava com os filhos.

terça-feira, 31 de julho de 2007

Menor aprendiz

Nos idos de 1970, muitos meninos de minha geração trabalhávamos pela manhã, ou à tarde, no serviço de arrumar caixas de madeira utilizadas no transporte de goiaba ou tomate das fábricas Peixe e Paoletti. Os pregadores de caixa, com idades em torno de 10 anos, garantiam bem cedo uns trocados para comprar uns doces nos armazéns da dona Concheta, do Abílio Panosso ou do Ramalho, e ainda ajudavam no orçamento familiar. Foi assim com tantos engraxates e sorveteiros, além de inúmeros aprendizes em oficinas, lojas, padarias, farmácias e marcenarias. Nada que pudesse comprometer o aprendizado escolar ou colocar em risco a integridade física das crianças e o santo direito ao lazer. Aí, alguém confundiu menor aprendiz com trabalho infantil e bagunçou o meu país. Hoje, os nossos dirigentes acreditam que os jovens que passam horas e horas com o bundão atolado no sofá terão gosto pelo trabalho depois de dezoito anos perdidos em frente à TV, jogando vídeo game ou se especializando em sessão da tarde. Lógico que existem os exageros, as crianças exploradas em carvoarias, nas casas de farinha, nas lavouras e no corte de cana. Esse tipo de exploração é que deve ser combatido e eliminado. O que não pode é um estatuto, que diz ser de defesa da criança, confundir focinho de porco com tomada e esculhambar o santo trabalho de menores aprendizes.

segunda-feira, 23 de julho de 2007

Tragédias e vida

Difícil não pensar na família e nos amigos após tragédias como a do novo acidente com avião da TAM, na terça-feira (17), em que dezenas de vidas foram ceifadas num piscar de olhos. Impossível não acordar para este momento secular que Deus nos concede em uma de suas infindáveis obras-primas, nesse pequeno planeta de nome Terra – melhor seria chamá-lo de ‘Água’, por causa do maior volume desta em comparação com aquela. A simplicidade de uma pequena flor, muito mais linda e graciosa que a mais famosa musa das passarelas, por vezes não nos chama à atenção. O espetáculo o astro-rei passa despercebido pela maioria dos filhos do Criador, todo santo dia. Deus não pára de trabalhar um só dia e a cada milionésimo de segundo nos presenteia com pássaros e aves multicores, animais de beleza ímpar, flores, plantas e gente, pessoas de muitas cores, de diferentes sonhos e comportamentos distintos. Tudo obra e graça do maravilhoso Deus. Perdoe-me, Senhor, por dedicar tantos cuidados com vaidades e cultos efêmeros. Dai-me a Graça de ser fiel, de ser mais pai, mais filho, mais esposo, mais amigo. Que até o farfalhar das folhas mortas me faça lembrar que somos todos frutos da Tua mão. Transforma-me, dá-me um novo coração.

segunda-feira, 16 de julho de 2007

Fotossíntese

O programa Planeta Terra, da TV Cultura, mostrou interessante reportagem na terça-feira (10), sobre o grande número de animais ainda desconhecidos no fundo do mar em profundidades superiores a 200 metros. Em meio àquela incrível biodiversidade, o que mais me chamou atenção foi a beleza dos peixes e animais marinhos alcançados pelos raios do sol. Até onde alcança a fotossíntese, no limite de cerca de 150 metros de profundidade, salta aos olhos a multiplicidade das espécies multicores em variadas formas de encanto e beleza. A partir daí, quanto mais fundo se mergulha, menor é a intensidade dos organismos marinhos e duvidosa é a beleza das algas, peixes e corais; nem de perto lembram o colorido e a graça dos habitantes de profundidades atingidas pelos raios do astro-rei. Assim é a nossa vida. Ao redor da Luz, próximos das coisas do alto, criação e criaturas são muito mais belos, mais saudáveis, mais felizes. Longe daí, na escuridão, também se vive. A diferença é que os prazeres são efêmeros e a alegria não tem o mesmo sabor. Eu estive lá e pude ver homens e mulheres nessa busca estúpida e suicida. Longe da Luz, na escuridão, não tem Graça. Escuridão? Tô fora!

sábado, 7 de julho de 2007

A força do perdão

Aprendemos com o padre Zezinho que ninguém deve dormir sem pedir ou sem dar seu perdão, que o perdão é essencial em tudo na vida. Mas como perdoar a traição do cônjuge, um dos maiores dramas sentimentais e talvez o que mais provoca dor ao ser humano? A traição é devastadora. Destrói o relacionamento e também a auto-estima do traído. Além da dor, muitas vezes insuportável, a traição nos obriga a tomar decisões que não estavam em nossos planos. Até mesmo José teve dificuldade para lidar com a situação frente a uma possível traição de Maria; ele não sabia que a gravidez era ação do Espírito Santo, mas teve prudência e não acusou a companheira. Nem todos têm o mesmo discernimento, na verdade, o mundo não consegue entender o que se deu em Nazaré. Tive muitos amigos que vivenciaram dessa dor e nem sempre souberam ou conseguiram perdoar. A gente não foi preparada para enfrentar desafios desse tipo. Padre Zezinho ensina, de novo, que “irmãos que não se perdoam se sentem mal em casa dos pais. Pais que não perdoam acabam sem carinho dos netos. Quem não perdoa não deve formar família. Vai fazer alguém infeliz. Casamento é para pessoas sadias de alma”, afirma. Uma amiga me disse, no entanto: “Não consigo acreditar numa relação sadia depois de um ato como esse”. É, parece que a gente tem alma ruim. Tomara que a vida não nos doa!

segunda-feira, 2 de julho de 2007

Luzes que se curvam

‘Quando a luz, que por muitos anos brilhou no seu coração já não brilha ou apenas bruxuleia, quando os ventos que sopram de fora ameaçam apagar a luz que você carrega, é hora de curvar-se, proteger-se, inclinar-se humildemente na direção de quem tem a luz que você perdeu. Velas se reacendem! Mas precisam aprender a curvar-se!’ (Padre Zezinho – scj)

quarta-feira, 27 de junho de 2007

Anjo de resgate

Tinha lá meus 14 anos quando a palavra Jesus passou a fazer parte do meu dia-a-dia. Lógico, eu já tinha ouvido falar dEle em casa, na Primeira Comunhão, aqui ou ali, mas nunca tão intensamente como a partir daquele dia em que o amigo Roberto Iório me convidou para fazer parte do Coral JUC (Jovens Unidos a Cristo). Lembro da primeira Missa, o primeiro encontro, a primeira lágrima. De repente, o Amor Maior lançava semente em meu coração; amor intenso, sem limites, desinteressado. A plantinha brotava e parecia crescer forte e viçosa com aquela rega diária: Grupo de Sábado, Mariápolis, Chiara Lubic, Jonas Abib, pai Zezo, padre João, padre Zezinho, José de Matos, Maria Clara, Irmão Sol, irmã Lua, e tantos anjos de Deus que era impossível não ser bom, desejar o bem, fazer o bem. Tenho saudade daquele Edson. Mas houve um tempo em que o encardido visitou minha seara. Como um ladrão, aproveitou um descuido da sentinela e lançou sementes de orgulho, vaidade e poder. O rádio, a fama, a política; eu não estava preparado. Na aridez que se formou, o ódio aflorou com vigor e lançou-me para os lamaçais da luxúria e da inveja. Tenho nojo, asco desse tempo e de suas conseqüências. Mas o Senhor é fiel! Mandou um Anjo de Resgate, de nome Priscila. Me estendeu a mão e me tomou; tirou-me das águas turvas e me conduz. Faz tempo, iniciei viagem de regresso, ainda com marcas dos descaminhos. Tenho pressa e quero chegar. Eu já conheço o Caminho.

terça-feira, 26 de junho de 2007

Pílula contra o aborto


O jornalista Gilberto Dimenstein, membro do Conselho Editorial da Folha de S. Paulo, defende a distribuição da pílula do dia seguinte pela rede pública de Saúde. O jornalista baseia sua tese em pesquisa realizada pela ginecologista Albertina Duarte, professora da USP (Universidade de São Paulo), que constatou um crescimento expressivo do consumo da chamada pílula do dia seguinte para evitar a gravidez entre os adolescentes. “Como um milhão de adolescentes engravidam por ano Brasil, a maioria delas (661 mil, para ser mais preciso) tornadas mães precoces e as demais submetidas ao trauma do aborto, vemos a importância dessa pesquisa”, disse. Na opinião de Dimenstein, “percebe-se que a adolescente, se puder, prefere postergar a gravidez e, claro, evitar o doloroso aborto. Tal tendência cresce ainda mais à medida que as jovens ficam mais tempo na escola e têm planos de futuro. Dados recentes mostram que na cidade de São Paulo o aumento da matrícula no ensino médio corresponde uma redução da taxa de gravidez precoce”. Segundo ele, “raríssimas ações poderiam custar tão pouco e gerar impactos sociais tão rápidos como facilitar o acesso a métodos anticoncepcionais, e reduziria, a curtíssimo prazo, a evasão escolar, aumentaria no médio prazo, a renda das mulheres, e, a longo, seria mais uma arma, entre várias, para combater a violência”. Dimenstein entende que “essas 661 mil mães precoces, milhares delas entre 10 a 14 anos, são parte do custo da ignorância combinado com o medo dos governos em enfrentar dogmas religiosos e a inoperância das redes públicas de saúde. Pagamos isso em mortes”. Apesar do respeito que tenho pelo colunista, ouso dizer que o tema é polêmico, mexe com dogmas de fé e carece a análise mais serena.

segunda-feira, 11 de junho de 2007

Perplexos e aliviados

A decisão dos ex-prefeitos Milton Nadir e Tato Nunes de não disputar as eleições municipais de 2008 continua dando o que falar na seara política da cidade. Caciques dos partidos locais saboreiam um misto de perplexidade e alívio, ao tempo que adversários juramentados perderam o rumo do debate. A quem agredir, desmerecer, criticar, enxovalhar ou esculhambar nos palanques da vida? O que fazer com os arsenais arregimentados nas encruzilhadas do poder? Passado o decision day, qual armamento levar para o front de batalha? Perplexos e aliviados, muitos não sabem se casam ou se compram uma lambreta. Súditos do castelo imperial entendem que “agora não tem pra ninguém”, que “é macuco no embornal”. Devagar com andor que o santo é de barro, diria vovó Alvarina. Cautela e caldo de galinha não fazem mal à ninguém, receitaria vovô Benedito.
A decisão serena de Milton e Tato – ambos alegaram compromissos com a família e empresas ao tirar os times de campo – abre vaga para novas lideranças. Falando nisso, o que tem de neguinho, branquinho também, se arvorando no direito de assumir tal “encargo” não tá no gibi. Gente, inclusive, que não tem o menor desconfiômetro. Fazer o quê? Todo mundo tem direito de querer ser isso ou aquilo. Serão, se as convenções indicarem e as urnas ratificarem, obviamente. Mas tem muita gente boa a merecer sentar por quatro anos na cadeira do reino. O tempo dirá. Façam suas apostas senhores.


fonte: Tribuna (08/06/2007)



Como folha de bananeira

Dizem que os brasileiros, e em especial os mais jovens, são como folha de bananeira: vão pro lado que o vento leva. O estilistas dizem que os jovens têm de comprar calças rasgadas, que é a última moda, e a moçada compra coisa velha por preço de nova. Aí, as empresas lançam o TV tela plana, de 50 ou 70 polegadas e sua fica com cara de velha de tanta propaganda. Para não ficar na contramão da estória, lá vai você atrás dos financiamentos ou carnês das Casas Bahia, fazer dívidas e mais dívidas, a trabalhar mais e mais para conseguir pagar tais dívidas. O resultado é o estresse da vida moderna, cabeças confusas tal qual birutas de aeroporto. E porque trabalha muito, não tem tempo para a família, para a conversa amiga, para o lazer. É isso aí. Somos cobaias nas mãos dos lobistas. A gente ouve no rádio ou na TV, lê nas revistas e nos jornais, ouve o vizinho falar e engole como certo, como verdadeiro, como o único caminho. E faz tempo que é assim! A gente ouve há muito que “batatinha quando nasce, se esparrama pelo chão”. A batata, como sabemos, é uma raiz, e assim, quando nasce, não tem como se esparramar para lugar algum. O correto, seria dizer que a “batatinha quando nasce, espalha ramas pelo chão”. Mas fazer o quê? É nossa vocação achar que tá tudo certo, tudo é verdadeiro, porque deu naquele canal de TV, ouviu no programa de rádio, leu na revista...

fonte: Tribuna (01/06/07)

segunda-feira, 28 de maio de 2007

Solidariedade sem limite

O coração solidário dos taquaritinguenses parece não ter limites. Salta aos olhos e emociona até o mais duro coração, a vocação da nossa gente para a partilha, para os gestos de doação e de participação. Nos últimos anos, e mais intensamente nas últimas semanas, o Canal Um é Notícia promove campanhas sociais com o apoio da fundação Cultural Romeu Mársico. Em todas elas, os “Anjos da Guarda” dão um show de solidariedade. Em pouco mais de 10 dias, eles doaram cerca de R$ 9 mil para a construção da cobertura da Igreja da Sagrada Família, no Jardim Paraíso. A campanha pretende alcançar R$ 35 mil para a compra de 700 metros de telhas termoacústicas. O valor é substancial, mas a solidariedade de nosso povo é maior. Assim, aquilo que parecia difícil demais, deve ser alcançado nos próximos meses. A reforma da casa das idosas, ao lado do Velório Municipal, é outra prova inequívoca da generosidade que brota do interior do nosso povo. Um saco de cimento, outro de cal, um pouco de tijolo e mão na massa. A obra segue em ritmo acelerado e emociona. Assim, tantos e tantos outros gestos calam fundo no coração de quem quer o bem e sonha com a pujança da nossa terra. Muitos dos problemas enfrentados por nossa gente não aconteceriam ou seriam solucionados se as ditas lideranças soubessem conduzir, motivar e unir os taquaritinguenses. Ninguém segura uma cidade unida em torno de um mesmo ideal.

segunda-feira, 14 de maio de 2007

Ser odiado

Ninguém merece ser odiado, por mais erros que tenha cometido, porque, bom ou mau, o ser humano é obra do amor de Deus.

Mas quem fez por merecer e é odiado pelo que fez ou deixou de fazer, já sabe porque sofre o ódio de algum grupo, alguma família ou alguma pessoa. Os ofendidos não acham que o pecado foi devidamente expiado. Seu ódio é sua maneira de vingar-se e punir para sempre o seu desafeto.

Se, contudo, você sempre fez o bem, sempre ajudou e, no cômputo de suas ações, passou de 90% de atos de bondade, mas, por um erro de momento ofendeu, agrediu, errou no trato, feriu alguém e hoje, por mais que tenha reparado, e pedido perdão simplesmente não consegue o perdão da pessoa magoada, fale com Deus.

Há pais, mães, filhos, ex-maridos, ex-esposas, irmãos e ex-amigos nesta situação. Fizeram tudo certo, mas um dia cometeram um erro. A outra pessoa decidiu tirar partido do seu erro. Não perdoar lhe renderia mais. Faria dela a vitima vencedora. Mas, à medida que seu ódio progredia quem errou foi se tornando a vítima e quem não perdoou, transformou-se em algoz. Inverteram os papéis.

No plano do amor, quem errou deve pedir perdão e reparar seu erro, mas quem foi ofendido precisa perdoar e parar de cobrar com juros e atitudes extorsivas uma ofensa que já foi reparada. Quem não pede perdão e não repara, ou quem não perdoa de jeito nenhum, por mais que o outro tenha mostrado sinceridade e senso de justiça, terá que se ver com Deus.

Se Deus existe, e Ele existe, Ele é perdão. Nesse caso, perdoará o que se arrependeu e reparou seu erro e exigirá severa prestação de contas de quem não perdoou, não se arrepende de não perdoar e insiste em querer o fim de quem o magoou. É que um fez o papel de filho penitente e o outro de inclemente. Foi mais longe do que Deus, porque Deus perdoa! Pedir perdão e reparar dentro da justiça é agir como filho. Não perdoar nunca e exigir sempre maiores desculpas e reparações é brincar de Deus, e da maneira mais errada possível. A vida responderá!

autor: Padre Zezinho

fonte: ceu.climatempo.com.br

quarta-feira, 2 de maio de 2007

Os fortes

Certo dia a Pedra disse: - Eu sou forte! Ouvindo isso, o Ferro disse: - Eu sou mais forte que você! Quer ver? Então os dois duelaram até que a Pedra se tornasse pó.

O Ferro, por sua vez, disse: - Eu sou forte! Ouvindo isso, o Fogo disse: - Eu sou mais forte que você! Quer ver? Então os dois duelaram até que o Ferro se derretesse.
O Fogo, por sua vez, disse: - Eu sou forte! Ouvindo isso, a Água disse: - Eu sou mais forte que você! Quer ver? Então os dois duelaram até que o Fogo se apagasse.
A Água por sua vez disse: - Eu sou forte! Ouvindo isso, a Nuvem disse: - Eu sou mais forte! Quer ver? Então as duas duelaram até que a Nuvem fez a Água evaporar.
A Nuvem, por sua vez disse: - Eu sou forte! Ouvindo isso, o Vento disse: - Eu sou mais forte! Quer ver? Então os dois duelaram até que o Vento soprasse a Nuvem e ela se desfizesse.
O Vento, por sua vez, disse: - Eu sou forte! Ouvindo isso, os Montes disseram: - Nós somos mais fortes que você! Quer ver? Então os dois duelaram até que o Vento ficasse preso dentre o círculo de Montes.
Os Montes, por sua vez, disseram: - Nós somos fortes! Ouvindo isso, o Homem disse: - Eu sou mais forte que vocês! Querem ver? Então o Homem, dotado de grande inteligência perfurou os Montes impedindo que eles prendessem o Vento.
Acabando com o poder dos Montes, o Homem disse: - Eu sou a criatura mais forte que existe!
Até que veio a Morte e, o Homem, que achava ser inteligente e forte suficiente, com um golpe apenas, a Morte acabou com o Homem.
A morte ainda comemorava, quando, sem que ela esperasse, um Homem chamado "JESUS" veio e, com apenas 3 dias de falecido venceu a Morte e todo poder foi lhe dado na Terra e no Céu. Como se não bastasse ter vencido a Morte, ele nos deu o direito de ter “Vida Eterna”.

desconheço o autor.

Colaboração: Dê Mazzi

Sucesso

Há alguns anos, nas olimpíadas especiais de Seattle, nove participantes, todos com deficiência mental, alinharam-se para a largada da corrida de 100 metros rasos. Ao sinal, todos partiram, não exatamente em disparada, mas com vontade de dar o melhor de si, terminar a corrida e ganhar.

Um dos garotos tropeçou no asfalto, caiu e começou a chorar. Os outros ouviram o choro, diminuíram o passo e olharam para trás. Então viraram e voltaram. Todos eles. Uma das meninas com Síndrome de Down ajoelhou, deu um beijo no garoto e disse: - Pronto, agora vai sarar ! E todos os nove competidores deram os braços e andaram juntos até a linha de chegada. O estádio inteiro levantou e os aplausos duraram muitos minutos...
Talvez os atletas fossem deficientes mentais.... Mas com certeza, não eram deficientes espirituais... "Isso porque, lá no fundo, todos nós sabemos que o que importa nesta vida, mais do que ganhar sozinho é ajudar os outros a vencer, mesmo que isso signifique diminuir os nossos passos..."
"Procure ser uma pessoa de valor, em vez de procurar ser uma pessoa de sucesso. O sucesso é conseqüência".

Desconheço o autor

Colaboração: Elisangela Silveira

sábado, 28 de abril de 2007

Oração diária


"Senhor, dê-me sabedoria para entender meu chefe, porque se me der força, eu vou bater nele..."

sexta-feira, 27 de abril de 2007

Perseguição policial


Uma perseguição policial terminou com acidente grave em Praia Grande, no início deste mês. Um homem que passava pelo local em um carro, e não tinha relação com a perseguição, morreu. Esta semana, um menino de 12 anos morreu após ser atingido por bandidos que fugiam da polícia, em Ibitinga. Nos Estados Unidos, as perseguições policiais lembram cena de cinema. Suspeitos são perseguidos em alta velocidade, na mão e contra-mão de direção, os policiais têm autorização para subir nas calçadas e jogar o carro pra cima do automóvel em fuga. Todos os meios possíveis são colocados em prática na tentativa de parar ou abater o criminoso, o infrator das leis de trânsito ou suspeito de coisa que o valha. Penso que esse tipo de ação policial tem de ser repensada. Não é possível que em pleno século 21, com os meios de comunicação visual, Internet, rádio e o escambal, policiais sejam obrigados a expor suas vidas e de inocentes pessoas comuns em risco por causa de um bandido qualquer. Só o risco de machucar, alvejar ou matar um ser humano inocente por causa de tais perseguições, já coloca em xeque tal ação. A solução? Problema do Estado e das autoridades de segurança! Eles que usem ou inventem meios outros para prender bandidos ou suspeitos (câmeras de monitoramento, barreiras, troca de informações, etc) e invistam mais e melhor em aparelhamento que possa substituir essa prática. A vida e a integridade física de um policial e de qualquer cidadão comum valem infinitamente mais que as do mais perigoso bandido.

edsoncandido@intercanal.com.br

Poema de Neruda


Tu perguntas o que a lagosta tece lá embaixo com seus pés dourados. Respondo que o oceano sabe. E por quem a medusa espera em sua veste transparente? Está esperando pelo tempo, como tu ...
Perguntas sobre as plumas do rei pescador que vibram nas puras primaveras dos mares do sul.
Quero te contar que o oceano sabe isto: que a vida em seus estojos de jóias, é infinita como a areia, incontável, pura; e o tempo entre as uvas cor de sangue tornou a pedra dura e lisa, encheu a água-viva de luz, desfez o seu nó, soltou os seus fios musicais de uma cornucópia feita de infinita madrepérola.
Sou só a rede vazia diante dos olhos humanos na escuridão e de dedos habituados à longitude do tímido globo de uma laranja.
Caminho, como tu, investigando a estrela sem fim e em minha rede, durante a noite, acordo nu. A única coisa capturada é um peixe preso dentro do vento.

quinta-feira, 26 de abril de 2007

Gente que faz

Os taquaritinguenses construíram o Estádio Taquarão em três meses, graças à liderança do prefeito Adail Nunes da Silva, aos motivados servidores municipais e à solidariedade de tanta gente da cidade. Lógico, que o terreno preparado pelo ex-administrador Sérgio Salvagni contribuiu para a conclusão desse marco histórico da cidade.
Assim se deu na construção do recinto "Os Pampas", com o suor dos apaixonados pelo rodeio, com a liderança do prefeito Milton Nadir, o empenho do Osvaldo Piva e de tanta gente que pôs a mão na massa para a construção em tempo recorde de um dos mais belos e confortáveis espaços artísticos /culturais do Estado.
Se puxarmos pela memória, recordaremos a união dos taquaritinguenses pela manutenção da nossa Faculdade de Tecnologia. Nas nossas ruas, no rádio, na Câmara, na cidade, o prefeito Tato Nunes, o empresário Vanderlei Marsico e muitos dos nossos, gente de todas as idades se abraçaram pelo "Fica Fatec".
Nossa história é de luta e solidariedade! Quem não sabe da nossa vida, quem não moveu uma única pedra nessa construção e dela só sabe tirar proveito, pensa diferente e prefere entregar o ouro por bandido.
Dizer que a cidade não tem condições nem gente capaz de construir uma estação de tratamento de esgoto, é ultrajar a nossa história, é pensar com o umbigo, é cuspir no prato que come.

edsoncandido.tribuna@bol.com.br
edson.candido.zip.net