Conta-se que um velho árabe analfabeto orava com tanto fervor e com tanto carinho, cada noite, que certa vez, o rico chefe de uma grande caravana chamou-o à sua presença e lhe perguntou :
- Por que oras com tanta fé? Como sabes que Deus existe, quando nem ao menos sabes ler? O velho respondeu: Grande senhor, conheço a existência de Nosso Pai Celeste pelos sinais dele. - Como assim? indagou o chefe, admirado. O servo humilde explicou: Quando o senhor recebe uma carta de pessoa ausente, como reconhece quem a escreveu? - Pela letra - respondeu. Quando o senhor recebe uma jóia, como é que se informa sobre o autor dela? - Pela marca do ourives. O servo sorriu e acrescentou: Quando ouves passos de animais, ao redor da tenda, como sabes, depois, se foi um carneiro, um cavalo, um boi? - Pelos rastros - respondeu o chefe, surpreendido. Então, o velho analfabeto convidou-o para fora da barraca e, mostrando-lhe o céu, onde a lua brilhava, cercada por multidões de estrelas, e exclamou, respeitoso: - Senhor, aqueles sinais lá em cima, não podem ser de homens! Neste momento, o orgulhoso caravaneiro de olhos lacrimosos, ajoelhou-se na areia e começou a orar também. A narrativa comovente de autor desconhecido no ensina que Deus, mesmo sendo invisível aos nossos olhos, deixa-nos sinais em todos os lugares: na manhã que nasce calma, no dia que transcorre com o calor do sol ou com a chuva que molha a relva... Senhor, ensina-nos a percebê-lo nas maravilhas da criação. Amém!
segunda-feira, 15 de outubro de 2007
A crença do velho árabe analfabeto
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Um comentário:
este texto é do livro Pai Nosso, Chico Xavier - cap 1.
Postar um comentário