Mas quem fez por merecer e é odiado pelo que fez ou deixou de fazer, já sabe porque sofre o ódio de algum grupo, alguma família ou alguma pessoa. Os ofendidos não acham que o pecado foi devidamente expiado. Seu ódio é sua maneira de vingar-se e punir para sempre o seu desafeto.
Se, contudo, você sempre fez o bem, sempre ajudou e, no cômputo de suas ações, passou de 90% de atos de bondade, mas, por um erro de momento ofendeu, agrediu, errou no trato, feriu alguém e hoje, por mais que tenha reparado, e pedido perdão simplesmente não consegue o perdão da pessoa magoada, fale com Deus.
Há pais, mães, filhos, ex-maridos, ex-esposas, irmãos e ex-amigos nesta situação. Fizeram tudo certo, mas um dia cometeram um erro. A outra pessoa decidiu tirar partido do seu erro. Não perdoar lhe renderia mais. Faria dela a vitima vencedora. Mas, à medida que seu ódio progredia quem errou foi se tornando a vítima e quem não perdoou, transformou-se em algoz. Inverteram os papéis.
No plano do amor, quem errou deve pedir perdão e reparar seu erro, mas quem foi ofendido precisa perdoar e parar de cobrar com juros e atitudes extorsivas uma ofensa que já foi reparada. Quem não pede perdão e não repara, ou quem não perdoa de jeito nenhum, por mais que o outro tenha mostrado sinceridade e senso de justiça, terá que se ver com Deus.
Se Deus existe, e Ele existe, Ele é perdão. Nesse caso, perdoará o que se arrependeu e reparou seu erro e exigirá severa prestação de contas de quem não perdoou, não se arrepende de não perdoar e insiste em querer o fim de quem o magoou. É que um fez o papel de filho penitente e o outro de inclemente. Foi mais longe do que Deus, porque Deus perdoa! Pedir perdão e reparar dentro da justiça é agir como filho. Não perdoar nunca e exigir sempre maiores desculpas e reparações é brincar de Deus, e da maneira mais errada possível. A vida responderá!
autor: Padre Zezinho
fonte: ceu.climatempo.com.br
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