segunda-feira, 11 de junho de 2007

Como folha de bananeira

Dizem que os brasileiros, e em especial os mais jovens, são como folha de bananeira: vão pro lado que o vento leva. O estilistas dizem que os jovens têm de comprar calças rasgadas, que é a última moda, e a moçada compra coisa velha por preço de nova. Aí, as empresas lançam o TV tela plana, de 50 ou 70 polegadas e sua fica com cara de velha de tanta propaganda. Para não ficar na contramão da estória, lá vai você atrás dos financiamentos ou carnês das Casas Bahia, fazer dívidas e mais dívidas, a trabalhar mais e mais para conseguir pagar tais dívidas. O resultado é o estresse da vida moderna, cabeças confusas tal qual birutas de aeroporto. E porque trabalha muito, não tem tempo para a família, para a conversa amiga, para o lazer. É isso aí. Somos cobaias nas mãos dos lobistas. A gente ouve no rádio ou na TV, lê nas revistas e nos jornais, ouve o vizinho falar e engole como certo, como verdadeiro, como o único caminho. E faz tempo que é assim! A gente ouve há muito que “batatinha quando nasce, se esparrama pelo chão”. A batata, como sabemos, é uma raiz, e assim, quando nasce, não tem como se esparramar para lugar algum. O correto, seria dizer que a “batatinha quando nasce, espalha ramas pelo chão”. Mas fazer o quê? É nossa vocação achar que tá tudo certo, tudo é verdadeiro, porque deu naquele canal de TV, ouviu no programa de rádio, leu na revista...

fonte: Tribuna (01/06/07)

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