segunda-feira, 13 de agosto de 2007
O Estatuto e a juventude
Na solidão deste espaço, ousei criticar o ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente), por entendê-lo zeloso demais com os direitos do adolescente e igualmente descuidado com os deveres dessa mesma juventude. Reconheço a santa preocupação das autoridades do meu país ao criar leis que garantam ao menor o direito à educação, ao lazer e a uma vida com pouco mais de dignidade. Penso, no entanto, que exageraram no combustível do veículo e esqueceram de sinalizar melhor a estrada a ser seguida. A grande maioria não sabe lidar com essa ‘facilidade’ toda e dá com os burros n’água, ou, arrebenta a cara no ‘poste’ do desemprego, dos vícios, da prostituição. A progressão continuada, ao tempo que liberta o aluno limitado do trauma da repetência, engana esse mesmo aprendiz com a falsa impressão de que será assim no vestibular ou na disputa por aquela vaga de emprego. Impedidos pelo Estatuto de aprenderem um ofício dos 12 aos 16 anos, nossos jovens só sabem falar de balada, MSN, orkut, bebida e azaração. ‘É de menino que se endireita o pepino’, já dizia minha vó. Meu avô Benedito Candido sabia a hora de dar corda ao cavalo e o tempo certo de segurá-lo na rédea curta. Ao lado de Alvarina, criou filhos felizes, trabalhadores e honrados. Não tinha muito combustível a oferecer, mas sabia apontar o caminho e caminhava com os filhos.
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