segunda-feira, 31 de março de 2008
De volta para Ele
Os católicos acreditam que a vida, desde que começa, é o caminho de volta para Deus. É como se nascêssemos riachos no cimo da montanha e desde então estamos descendo e semeando vida ao nosso redor. Mas estamos indo para as águas eternas. Nossas águas são de passar. Quando lhe barramos o caminho sem deixar saída, ou apodrecem, ou derrubam os diques. Mas voltar , nós voltaremos.
Por isso, afirmar que estamos voltando pra Ele, é mais do que frase isolada, fora de contexto, discurso bonito de suave poesia. É realidade mais do que séria. Um dia morrem os que amamos e outro dia morremos nós. Voltar para Deus tem que ser resposta de uma vida. Dá um pouco de medo pensar nisso, mas como vai acontecer queríamos ou não, o melhor é pensar muitas vezes no que dizemos todos os dias na Ave Maria: agora e na hora da nossa morte. Sem nos darmos conta, fazemos todos os dias a nossa procissão do cotidiano: dois passos para frente e um para trás, dois para frente e um para trás. Riacho que avança, riacho que para. De repente descobrimos que nossa vida é uma volta. Isso : estamos voltando como imigrante que veio pequeno e não tem a menor idéia do país de onde veio. A maioria dos vivos não tem noção do colo infinito que os gerou. Se riachos pensassem saberiam porque correm . Se não corressem seriam lagos. Mas água de lagoa se quer um dia ser água de mar tem ser riacho que vai. Sem o verbo ir, amanhã não haverá para o riacho nem o substantivo encontro, nem o substantivo mar".
Texto de Padre Zezinho S.C.J. - ceu.climatempo.com.br)
Colo infinito
segunda-feira, 24 de março de 2008
'Queremos ver Jesus'

Cada atitude nossa, cada reação, mesmo as mais diferentes, que nós não somos capazes de compreender, expressam este desejo do nosso coração: "Queremos ver Jesus".
O Senhor caminha conosco lado a lado em todos os momentos da nossa vida e, muitas vezes, não somos capazes de reconhecê-Lo. "Disse Filipe: 'Senhor, mostra-nos o Pai, e isso basta!' Jesus respondeu: 'Há quanto tempo estou convosco, e não me conheces Filipe? Quem me viu, viu o Pai. Como é que tu dizes: Mostra-nos o Pai?'" (Jo 14,8-9).
Em nosso interior há um desejo profundo de ver Jesus, mesmo quando não sabemos traduzir a linguagem do nosso coração e da nossa alma.
Peçamos, hoje, ao Senhor a graça de sermos sensíveis a Sua presença na nossa vida e de contemplá-Lo em todas as situações concretas ao longo deste dia. (Luzia Santiago - Comunidade Canção Nova)
Caminhos da política
Nós latino-americanos ainda não aprendemos com as lições do passado e por isso não conseguimos avançar para o futuro. Como escreveu Padre Zezinho, “gostamos de acreditar em ditadores ou em partidos fortes de direita que corrigem os erros da esquerda, ou ditadores e partidos forças de esquerda que corrigem os erros da direita. Somos um pêndulo, enormes caminhões em zigue-zague por estradas mal planejadas e cheias de buracos e ciladas políticas. Oremos para que Deus nos ajude a livrar-nos, através do voto, dos extremistas da esquerda e da direita dos espertalhões da falsa eqüidistância. Precisamos de gente equilibrada, mas capaz de visão aberta dos problemas. Governantes com viseiras mais complicam do que ajudam, até porque o equilíbrio e a moderação são virtudes muito mais difíceis do que a bazófia e a pose de salvador da pátria, do tipo ninguém mais do que eu ou nunca antes neste país... Nós brasileiros, que nos consideramos um povo tão simpático e tão esperto, poderíamos votar com maior consciência e os partidos poderiam nos apresentar políticos de melhor envergadura. Há os bons, mas esses não estão conseguindo dar o tom, nem no Congresso, nem no Governo. Não deve ser nada fácil ser político no Brasil, mas também não é nada fácil ser eleitor: a gente vota e depois percebe que não foi levado a sério”.
segunda-feira, 17 de março de 2008
Grupo desvenda mistério dos repelentes de insetos
O repelente de insetos mais usado no mundo só agora revelou seu segredo. Criado pelo exército dos EUA logo depois da 2ª Guerra Mundial e integrando hoje a maioria dos repelentes comerciais, o DEET mascara o odor humano para o inseto. Uma equipe de pesquisadores na Universidade Rockefeller mostrou agora o alvo molecular do princípio ativo usado em marcas conhecidas como Autan, Off e Repelex.
O DEET (abreviatura de N,N-dietil-meta-toluamida ou N,N-dietil-3-metilbenzamida) é eficaz contra uma grande variedade de insetos que se alimentam de sangue humano. Mas ele não é recomendável para uso em crianças pequenas, nem em mulheres grávidas. E os produtos mais eficientes, com grandes concentrações --entre 30% e 50% de DEET--, não devem ser usados em crianças de até 12 anos.
Como lembram os autores do estudo, só a malária afeta 500 milhões de pessoas, causando cerca de 1 milhão de mortes todo ano --e boa parte deles são crianças africanas.
"Repelentes de inseto eficazes são uma arma importante contra insetos vetores de doenças. O resultado prático imediato da nossa pesquisa é que nós agora podemos prosseguir com planos para gerar mais repelentes de insetos eficazes", disse à Folha, por e-mail, a líder do trabalho, a pesquisadora Leslie B. Vosshall.
"Esforços anteriores para aperfeiçoar o DEET não deram certo devido à ausência de conhecimento sobre como ele funciona. Agora que nós sabemos quais receptores de odor dos insetos são os alvos moleculares do DEET, nós podemos fazer a seleção química de milhares de novos compostos para tentar achar um novo repelente que funcione melhor e com mais segurança que o DEET", afirma Vosshall.
Os insetos são atraídos pelas "emanações" do ser humano --tanto o gás carbônico exalado na respiração quanto substâncias voláteis presentes no suor, como o ácido lático. Um repelente à base de DEET mostrou ter efeito contra mosquitos a até 38 cm da pele.
Vosshall e seus colaboradores, Mathias Ditzen e Maurizio Pellegrino, fizeram experimentos com o comportamento de uma espécie de mosquito transmissor da malária, o Anopheles gambiae, e com as moscas-das-frutas drosófilas (Drosophila melanogaster), além de testarem também as respostas eletrofisiológicas de neurônios sensoriais olfatórios nas antenas dos insetos.
Os resultados mostraram que o DEET bloqueia nos dois insetos as respostas desses neurônios a odores normalmente atraentes.
No caso da drosófila, foi constado também que o receptor --a proteína olfatória OR83b-- era essencial para a existência do bloqueio pelo repelente. Moscas mutantes sem OR83b não eram sensibilizadas pelo DEET, apesar de ainda conseguirem chegar até a comida (por ainda terem outros neurônios funcionais). (Ricardo Bonalume Neto – Folha de S. Paulo – 14/3/2008)
Eu sou eu e o outro e um outro eu
“Não pode você dizer-me quem eu sou, e eu não posso dizer-lhe quem você é. Se você não conhece a própria identidade, quem o irá identificar? Os outros podem dar-lhe um nome de um ou um número, mas não podem jamais dizer quem realmente é você. É coisa que só mesmo cada um pode descobrir interiormente”.
Descobrir o “eu” do outro é condição inarredável para descobrirmos o nosso próprio “eu”. Passa-se uma vida inteira para acertar as contas com o próprio eu, e é praticamente impossível definir o “eu” dos outros. Não basta amar. Se amar bastasse, pais e filhos, marido e mulher não teriam tanta dificuldade de conviver. Amam-se, mas, não se compreendem. Amar é querer aprender e compreender, mas não é necessariamente compreender o outro. Ajuda, mas não é tudo. Por isso devemos amar mesmo que não compreendamos.
Quando descobrimos boa parte do nosso eu, o que já pode acontecer na juventude, não precisamos nem devemos esperar descobrir as outras partes de nós mesmos, para só então ir descobrindo os outros. O pouco que sabemos de nós mesmos já é suficiente pra tentarmos descobrir os outros. Eles continuarão nos ajudando nas descobertas do nosso eu e nós lhes ensinaremos a se descobrirem.
Ninguém descobrirá sozinho quem ele é, mas só ele pode assumir essa descoberta. Um outro pode nos ajudar a achar a fonte e o rio, mas beber ou não beber, nadar ou não nadar, depende de nós.
Só entenderei essas coisas, se entender porque ele me chama de outro, ou de tu e porque ele se chama de eu. Terei muito mais dificuldade de ser eu se não aceitar o “eu” dele. O “nós” só dá certo quando um eu respeita o outro eu! (Padre Zezinho SCJ - ceu.climatempo.com.br - março de 2008)
segunda-feira, 10 de março de 2008
O dons que Deus nos deu

Prematuros podem precisar de cuidados extras por toda a infância, diz estudo
Um terço dos bebês nascidos entre a 29ª e 33ª semanas de gestação ainda precisam de cuidados especiais no quinto ano de vida, sugere um estudo francês publicado pela revista especializada Lancet. As informações são da Folha Online.
A gestação completa deve chegar a 40 semanas, e já é sabido que o nascimento muito prematuro pode levar a problemas físicos ou dificuldades de aprendizado na infância. O estudo, porém, mostra que mesmo alguns bebês nascidos aos sete meses de gestação ainda têm necessidades especiais.
Segundo a organização britânica Bliss, de assistência a prematuros e a pais de prematuros, o estudo mostra a necessidade de um bom acompanhamento médico para os prematuros.
Em 2005, 210 mil bebês nasceram com menos de 37 semanas de gestação no Brasil, segundo dados do Ministério da Saúde. As taxas de sobrevivência são cada vez mais altas, com os avanços tecnológicos, o que levanta questões sobre os problemas de desenvolvimento.
Custos
Os pesquisadores da Unidade de Pesquisa Inserm sobre Saúde Perinatal e Saúde da Mulher, em Villejuif, na França, e da Universidade Pierre et Marie Curie - Paris compararam o desenvolvimento de 1.800 bebês nascidos antes de 33 semanas de gestação e 400 bebês nascidos na data esperada.
O chamado estudo Epipage (Estudo Epidemiológico sobre Baixas Idades Gestacionais, na sigla em francês) avaliou as crianças aos cinco anos de idade, examinando a saúde física e por meio da aplicação de testes de memória e compreensão.
A deficiência foi medida em três graus - severo, moderado e menor - e os índices foram mais altos entre os bebês nascidos antes de completar 28 semanas de gestação, afetando 49% - ou 195 bebês.
Mas o número real de crianças com deficiências foi mais alto entre as crianças nascidas entre 29 e 33 semanas de gestação - 441 ou 36% dos bebês.
Os pesquisadores encontraram um padrão semelhante no uso de serviços de saúde especializados, como fisioterapia, psicologia, terapia ocupacional ou centros de atividades para as crianças com deficiências mais severas.
Os recursos são usados por 42% das crianças nascidas entre a 22ª e a 28ª semana de gestação, mas por apenas 31% das crianças nascidas entre a 29ª e a 33ª semana, em comparação a 16% das crianças nascidas no período normal de gestação.
Necessidade de apoio
Os autores do estudo afirmam que "os resultados levantam questões sobre saúde e serviços de reabilitação, e o custo desses serviços para as famílias e sociedades".
"Mais pesquisas são necessárias para identificar as melhores e mais eficientes intervenções no desenvolvimento inicial para melhorar a prognose funcional de deficiências motoras."
"Ao crescer, as crianças com deficiências cognitivas vão ter dificuldades na escola e vão precisar de ajuda ou educação especial", diz o estudo.
Mas os autores afirmam que são necessárias novas pesquisas sobre que intervenções podem ajudar o aprendizado e compreensão das crianças a medida que elas se desenvolvem.
A médica Mary Jane Platt, especialista em saúde pública da Universidade de Liverpool, na Grã-Bretanha, disse que o nível de deficiência é importante, mas acrescentou: "Há um grupo significativo que apresenta algum tipo de dificuldade cognitiva que não é necessariamente uma deficiência". "Nós precisamos saber mais como essas dificuldades afetam essas crianças e como dar apoio a elas."
Ela acrescentou que "o estudo nos lembra que as crianças nascidas antes de 33 semanas precisam de cuidado e apoio que vai muito além da 'alta' da unidade de terapia neonatal".
Uma porta-voz da organização Bliss disse que o fato de que 61% dos bebês prematuros não apresentaram nenhuma deficiência é encorajador, mas que o estudo enfatiza a necessidade do acompanhamento das crianças.
Tabaco deve matar 1 bilhão de pessoas até 2100, diz OMS
O tabaco matou 100 milhões de pessoas no mundo no século 20 e deve matar 1 bilhão de pessoas até 2100 caso o número de fumantes não caia consideravelmente, afirma a OMS (Organização Mundial da Saúde) em relatório divulgado no dia 7 de março. As informações são da Folha Online.
Segundo a organização, os novos dados apresentados oferecem um importante mapa mundial para o combate ao cigarro. De acordo com o relatório, após décadas de ataques ao tabaco, o número de fumantes está caindo em países desenvolvidos, como Estados Unidos e Canadá. Porém, em países em desenvolvimento, o levantamento aponta crescimento.
De acordo com a OMS, o novo relatório representa a primeira análise compreensiva do uso do tabaco no mundo e também mede os esforços realizados para controlar seu uso em cada país. Segundo a organização, apenas 5% da população mundial vive em países que aplicam todas as medidas de proteção indicadas para reduzir o número de fumantes. Em 40% dos países ainda é permitido fumar em hospitais e escolas.
O relatório também revela que os governos arrecadam 500 vezes mais dinheiro em taxas relacionadas ao tabaco do que gastam com medidas antifumo.
"Ainda que as atividades antifumo estejam crescendo, os países devem fazer cada vez mais", afirma em comunicado Margaret Chan, diretora da OMS.
O relatório propõe medidas agressivas contra as tentativas da indústria tabagista de se estabelecer em países que possuem medidas mais brandas para o combate ao cigarro.
Segundo estimativas da organização, o aumento do número de fumantes em países em desenvolvimento fará com que estes países respondam por 80% das 8 milhões de mortes por doenças relacionadas ao tabaco previstas para 2030.
A análise global divulgada pela OMS reuniu informações de 179 países.
No Brasil, o estudo, que utiliza dados de 2006, aponta que 16,2% da população adulta (maiores de 18 anos) é fumante. O consumo de cigarros no país se mantém estável desde 1999, ficando em torno de 100 bilhões de cigarros ao ano.
Fumantes tornam filhos doentes, diz hospital britânico
Segundo Ryan, os pais mentem com freqüência sobre se fumam ou não na frente dos filhos.
A Fundação Britânica para o Pulmão diz que 17 mil crianças com menos de cinco anos recebem tratamento médico a cada ano por exposição à fumaça de cigarros.
Sentimento de culpa
A cada 35 mil crianças atendidas no hospital de Liverpool a cada ano, 2 mil precisam de assistência médica porque foram expostas ao fumo pelos pais, disse Ryan em entrevista na Rádio BBC Five Live.
Entre um quarto e um terço dos menores com males como infecções pulmonares e asma eram fumantes passivos.
Os pais costumam saber das implicações de fumar perto de seus filhos, acrescentou o médico. "As pessoas se sentem culpadas."
"Se fosse fácil, eles parariam. Cuidar de crianças é divertido mas pode ser estressante e, para alguns, cigarros são uma forma de aliviar a tensão."
Para ele, legislação coibindo o tabagismo não é uma solução para o problema. É necessário conscientizar os pais dos vários graus de risco apresentados pelo hábito de fumar.
Ryan disse que o risco maior para os menores é quando os pais fumam dentro do carro, onde as crianças estão 'presas' e expostas a fumaça concentrada.
Mães fumantes representam um risco maior do que pais fumantes e fumar no mesmo cômodo de uma criança também traz um alto risco, afirmou.