sexta-feira, 30 de janeiro de 2009

Cérebro de pobre funciona pior?

A região do córtex préfrontal, relevante para solução de problemas, funciona pior entre os mais pobres, de acordo com neurocientistas da Universidade da Califórnia, que mediram a atividade cerebral de crianças pobres, submetidas a testes de lógica, em comparação com a de crianças ricas. A informação é do jornalista Gilberto Dimenstein, na coluna Pensata, da Folha Online. O articulista destaca que não é necessariamente a pobreza, mas a falta de estímulos (livros, brincadeiras, museus, exposições) que as crianças sofrem em suas casas. “Com isso, deixam de desenvolver uma área do cérebro decisiva para que prosperem na escola e, mais tarde, no trabalho”, analisa. “Em suma, fica comprometida a criatividade”. Para Dimenstein, a pesquisa dos especialistas revela que a falta de oportunidades é comprometida, em parte, desde os primeiros anos de vida. “Isso se traduz na importância da pré-escola, a partir das creches, como substituto à escassez da vida familiar”, salienta. “Não vejo obra mais importante que um governante no geral e um prefeito em particular possam assumir do que mexer no cérebro das crianças”. Como diria minha avó Alvarina, é de menino que se endireita o pepino. (23/01/09)

Nenhum comentário: