segunda-feira, 25 de fevereiro de 2008

Tempos outros

A atuação intempestiva, pra não dizer, inconseqüente, deste reles escrivinhador pela seara política local, rendeu algumas alegrias e incontáveis tristezas e decepções em tempos outros. Muito embora tenha mudado os conceitos sobre os políticos e a política como um todo, apesar de até ter melhorado o jeito de tratar desse tema tão complexo e doloroso – ao menos, penso que mudei e tento melhorar a cada dia -, confesso que não é fácil sobreviver em terreno tão belicoso. Os radicais de sempre dirão que o escrivinhador perdeu a embocadura, que não é mais o crítico ferrenho de velhos adversários políticos, que deixou de satisfazer às expectativas daqueles que sempre estiveram à sombra do poder e de suas benesses, os mesmos que não escondem sua intolerância contra o presidente, prefeito ou governador de plantão. Por outro lado, quem está no poder, invariavelmente é avesso às críticas, mesmo as mais legítimas. Assim, o crítico, seja quem for, é taxado de leviano e sofre com covardes perseguições. Arbitrário para os que do poder se locupletam, ou alienado, para os que perderam ou querem garantir sua boquinha. Contra essa velha corrente quero caminhar em paz com a consciência. O julgamento, deixo nas mãos de Deus. E bendito seja Deus!

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