quarta-feira, 27 de fevereiro de 2008

Convivência


Conta uma lenda chinesa que uma menina chamada Lili se casou e foi viver com o marido e a sogra. Depois de algum tempo, passou a não se entender com a mãe de seu marido. Meses se passaram e Lili e sua sogra, cada vez mais, discutiam e brigavam. De acordo com a antiga tradição chinesa, a nora tinha que se curvar à sogra e obedecê-la em tudo. Lili já não suportando mais conviver com a sogra, decidiu tomar uma atitude e foi visitar um amigo de seu pai. Depois de ouvi-la, ele pegou um pacote de ervas e lhe disse: - Vou lhe dar várias ervas que irão lentamente envenenando sua sogra. Você não poderá usá-las de uma só vez para se livrar dela, porque isso causaria suspeitas. A cada dois dias, ponha um pouco destas ervas na comida dela. Para que ninguém suspeite de você, deverás ter muito cuidado e agir de forma muito amigável. Não discuta, e ajudarei a resolver seu problema. A cada dois dias, Lili servia a comida "especialmente tratada" à sua sogra. Depois de seis meses, a casa inteira estava com outro astral. Lili tinha controlado o seu temperamento e quase nunca se aborrecia. As atitudes da sogra também mudaram, e elas passaram a se tratar como mãe e filha. Assim, Lili decidiu procurar o amigo de seu pai para pedir que lhe ajudasse a evitar que o veneno matasse a sua sogra. - Não precisa se preocupar, disse o homem. As ervas que lhe dei não eram veneno e vitaminas para melhorar a saúde dela. O veneno estava na sua mente e na sua atitude, mas foi jogado fora e substituído pelo amor que você passou a dar a ela. Na China, existe uma regra dourada que diz: a pessoa que ama os outros também será amada!

Questão de amor aceito

Acreditar em Deus e no seu amor infinito, experimentá-lo como quem o prova aos poucos e, em retribuição, amá-lo com o maior amor humano possível, às vezes, com a decisão de renunciar até ao mais bonito amor humano..

Encontrar uma pessoa e amá-la com um amor gentil e sem reservas, conseguir amá-la sem adorá-la e, mesmo assim, saber que nela está quase tudo o que se buscou de bom neste mundo.

Santificar-se nesses amores e viver mais para os outros do que para si mesmo.

Passar estes amores a quem cruzar os nossos caminhos: eis o chamado da maioria dos humanos. Feliz aquele que ama e se sente amado. Feliz aquele que aceita não ser amado como gostaria, mas assim mesmo ama.

Feliz de quem, mesmo não tendo o amor que sonhou um dia encontrar, ama de maneira maiúscula e madura. De tal ser humano pode-se dizer que se tornou pessoa. (Pe. Zezinho SCJ)

terça-feira, 26 de fevereiro de 2008

Dores momentâneas

Algumas dores momentâneas nos libertam de dores futuras. Muita gente reclama da dor que está sentindo. Mas, vai sofrer muito mais se não passar pela dor que liberta. É o caso da extração de um dente, é o caso da extração de um tumor ou da amputação de um pé. Aquela dor momentânea vai libertar a pessoa de dor permanente ou de dores piores no futuro. Existe, portanto, uma dor que liberta. E este conceito teológico da dor que liberta, entra na mística da cruz; que é também uma passagem, uma dor que liberta.
O ser humano não nasceu para viver crucificado; em nenhum momento da sua vida, é chamado ao martírio sem sentido. Toda a dor sofrida tem um sentido. É uma questão de saber o sentido daquela falta de um braço, daquele pé mais curto ou daquele defeito naquela parte do corpo. Uma vez que aprendemos a viver com ele, descobrimos que nem por isso, somos menos gente. Uma flor cuja haste se quebrou, continua uma flor. Uma águia cuja asa se quebrou, continua uma águia mesmo se não consegue mais voar como as outras águias, mas ela não vira uma cobra. Um passarinho que não canta mais continua passarinho, não virou um cachorro. Na sua essência, mesmo não cantando, não voando, a ave continua ela mesma. E a flor mesmo machucada, continua perfumada e flor e tem sua beleza.
Quando damos importância excessiva à estética, esquecemos a ética. E é a ética que nos faz ser bonitos. Porque a estética sem ética perde o seu sentido. Nenhuma beleza é digna de contemplação se não estiver acompanhada da estética junto à ética. É o porquê da beleza que torna a beleza importante, e não ela em sim mesma. É o porquê da dor que torna a dor compreensiva e compreensível, e não a dor em si mesma. Para nós a cruz é loucura só para quem não crê; para quem crê, ela é - e pode ser - libertação. Foi Jesus quem disse que quando fosse elevado da Terra, atrairia todos a Ele. E disse mais: “Quem não tomar a sua cruz e não me acompanhar, não vai ser digno de mim”. (Padre Zezinho - SCJ)

Não desanimar diante do sofrimento


"Eu amo aqueles que me amam (Pr 8,17a).

Santa Gertrudes perguntava o que poderia oferecer a Deus de mais agradável e, interiormente, obteve a resposta do Senhor: "Minha filha, você não pode me fazer nada mais agradável do que suportar com paciência todos os sofrimentos que lhe aparecerem na vida".

Portanto, se assim o fizermos em nosso dia-a-dia, suportando tudo com paciência e amor, nossa recompensa não será outra a não ser o céu.

Peçamos ao Senhor, que durante este dia, Ele nos faça dignos de merecermos o amor d’Ele, que a nossa segurança não seja em ninguém aqui na terra a não ser n'Ele que nunca, em momento algum, nos decepciona nem nos abandona.

"Senhor, agradecemos pelo dom de nossa vida. Dai-nos a graça de, durante este dia, podermos perceber concretamente a Sua presença junto de nós nos momentos em que carregamos nossa cruz, para que não desanimemos, mas sim, caminhemos rumo ao Seu amor." (Luzia Santiago - Comunidade Canção Nova)

segunda-feira, 25 de fevereiro de 2008

Tempos outros

A atuação intempestiva, pra não dizer, inconseqüente, deste reles escrivinhador pela seara política local, rendeu algumas alegrias e incontáveis tristezas e decepções em tempos outros. Muito embora tenha mudado os conceitos sobre os políticos e a política como um todo, apesar de até ter melhorado o jeito de tratar desse tema tão complexo e doloroso – ao menos, penso que mudei e tento melhorar a cada dia -, confesso que não é fácil sobreviver em terreno tão belicoso. Os radicais de sempre dirão que o escrivinhador perdeu a embocadura, que não é mais o crítico ferrenho de velhos adversários políticos, que deixou de satisfazer às expectativas daqueles que sempre estiveram à sombra do poder e de suas benesses, os mesmos que não escondem sua intolerância contra o presidente, prefeito ou governador de plantão. Por outro lado, quem está no poder, invariavelmente é avesso às críticas, mesmo as mais legítimas. Assim, o crítico, seja quem for, é taxado de leviano e sofre com covardes perseguições. Arbitrário para os que do poder se locupletam, ou alienado, para os que perderam ou querem garantir sua boquinha. Contra essa velha corrente quero caminhar em paz com a consciência. O julgamento, deixo nas mãos de Deus. E bendito seja Deus!

segunda-feira, 18 de fevereiro de 2008

Atribuir a Deus...

"Declarando-se fervoroso evangélico, em nome da igreja para a qual se convertera, o ator famoso e querido atribuía a Deus a sua cura de um grave problema cardíaco. Mas morreu aos 45 anos, de pneumonia. Deus lhe concedera mais alguns anos de vida.

Declarando-se fervorosa católica, fé que voltou a praticar quando soube da sua leucemia, a prefeita viveu mais três anos proclamando que Deus a curara e morreu da leucemia que voltara. Deus lhe concedera mais três anos de vida.

Proclamando-se sem fé, o jubilado escritor declarou-se curado de câncer e voltou à sua atividade de sempre, cheio de otimismo e agradecido à vida que, segundo ele, no seu caso, fora mais forte. Morreu um ano e onze meses depois do câncer que voltara. O Deus em quem ele não acreditava lhe dera mais dois anos de vida.

Proclamando sua fé em Deus a israelita, mãe de três filhos, um deles com Síndrome de Down, curou-se de maneira miraculosa de um câncer no fígado e viveu quase vinte anos sem nenhum retorno da enfermidade. Foi grata a Deus que a deixou viver até os setenta anos para deixar os filhos com alguma segurança de futuro.

Qual a diferença entre os quatro? Só Deus sabe. Expressaram suas convicções e delas viveram. “Foi Deus, não foi Deus, talvez tenha sido. Foi milagre de Deus, foi chance embutida na vida” ... A Igreja Católica ensina que, sim, Deus intervém, mas a intervenção, a mudança de curso ou de rumo vem dele. Da nossa parte cabe corresponder. Um milagre não deixa de ser milagre porque duvidamos que seja, nem um fato se torna milagre porque dizemos que é. Uma semana de vida a mais pode ser um milagre, mesmo que não o peçamos. E não se mede um milagre pelo pronto atendimento de Deus ou pelo prazo de validade. Há curas que duram mais tempo e há outras que significam mais uma chance de a pessoa crescer e realizar a sua missão. Só Deus sabe se foi milagre. Mas a nós cabe o direito e até o dever de expressar a nossa convicção de seres humanos que somos.

Proclamemos a nossa fé no Deus que cura os religiosos de todas as igrejas e também os ateus, cura quem o invoca e quem não o invoca, quem agradece e quem não reconhece. Seu amor já é um milagre, eterno porque terno! Não há milagre mais bonito do que o da paz e da ternura num coração agradecido pelo dom da vida!" (Padre Zezinho - 06/02/08)

Entidades assistenciais

Todos sabemos que as entidades assistenciais de Taquaritinga são determinantes para a o bem-estar e promoção de milhares de pessoas da cidade. Desnecessário falar dos anjos da guarda que trabalham diariamente no Lar São João Bosco, Asilo e na Sociedade São Vicente de Paulo. Nossa santa AVCC a cuidar com zelo fraternal de crianças, adultos e idosos acometidos de neoplasias malignas; os anjos de resgate do Horto de Deus e da Associação Anti-Alcoólica - só quem teve parentes e amigos ressuscitados da sarjeta do vício sabe da importância desse trabalho voluntário; os servos queridos de Deus da Associação Jesus Fonte de Água Viva; o trabalho fantástico da equipe do pastor Jamil, juventude da Quadrangular, Fundação Edmilson, Apae, Creche Jesus de Nazareth e tantos outros anjos de Deus. Cada qual a colocar seu tijolinho na obra do Senhor. As autoridades municipais, infelizmente, não dão o devido valor a esse santo trabalho. Mas Deus, que conhece o coração e as obras de cada um, saberá recompensar na justa medida. E bendito seja Deus!

segunda-feira, 11 de fevereiro de 2008

No fim da vida, seremos julgados pelo amor

"No fim da vida, seremos julgados pelo amor" (São João da Cruz).

Seremos julgados por aquilo que fazemos ao outro. Todos nós colhemos o que plantamos. Se plantarmos o bem, colheremos o bem, já nesta vida, e depois por toda eternidade; e se plantarmos o mal, também colheremos o mal.

O amor a Deus se exprime no amor ao próximo, e o amor ao próximo se sustenta no amor a Deus. Fiz uma linda descoberta: quanto mais faço o bem, mas o meu coração torna-se semelhante ao coração de Jesus, e consequentemente mais aberto a acolher os mais necessitados, principalmente os mais pobres, os presidiários, os doentes e tantos outros que o Senhor põe na minha vida, alegrando assim o coração de Nosso Senhor.

"Vinde benditos de meu Pai! Recebei como herança o Reino que meu Pai vos preparou desde a criação do mundo! Pois eu estava com fome e me destes de comer; eu estava com sede e me destes de beber; eu era estrangeiro e me recestes em casa; eu estava nu e me vestistes; eu estava doente e cuidastes de mim; eu estava na prisão e fostes me visitar" (Mt 25,34-37).



Peçamos a Jesus hoje a graça de fazer o bem, mesmo quando a nossa natureza estiver revoltada e arredia. (Luzia Santiago – Comunidade Canção Nova)

sexta-feira, 8 de fevereiro de 2008

Deus é por nós!

Jesus nos diz:"O meu pai agora está trabalhando, e eu também estou trabalhando" (Jo 5,17)Amados irmãos, Deus não está dormindo. Ele trabalha sempre e está em constante atividade. Ele vê e acompanha os nossos sofrimentos; nos ama e trabalha por nossa causa. Creia: sua necessidade está sob os olhos do Senhor. Nosso Pai e Jesus não cessam de trabalhar por nós.Exponha-se diante d´Ele. Seja sua causa pessoal ou familiar, seja sua doença física ou espiritual, apresente-se agora para o Senhor. Nada pode impedir a ação de Deus em sua vida. Nada pode roubar sua alegria de ter Alguém constantemente trabalhando por sua causa: o Pai e Jesus. Eles não terão descanso enquanto não lhe derem o Reino dos Céus. Deus é por nós. Somos d´Ele e por isso sabemos que:"Tudo contribui para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados segundo o seu desígnio" (Rm 8,28)Como num dia inteiro de trabalho, o Senhor age em nosso meio salvando nossas vidas, curando nossos corações, sarando nossos doentes, libertando nossos oprimidos e arrancando da opressão do maligno aqueles que se encontram nas trevas. Se abrirmos o coração e O deixamos trabalhar, veremos aqui, nesta vida, os prodígios do Senhor.Que Ele nos liberte de toda incredulidade e ação do mal que quer abalar nossa fé!

"A sociedade quis me matar e hoje eu sou doutor"


Um dos momentos que marcaram a tarde desta quinta-feira, 07, no I Congresso Internacional em Defesa da Vida, foi o testemunho do doutor Mauro Figueroa.

“Fala-se hoje sobre a defesa da vida. Falo sobre isso há mais de 50 anos.Nasci em maio de 1940 em Machu Picchu, no Peru. Cheguei ao mundo com 20 centímetros e com 900 gramas. Não conheci as minhas mãos. Não conheci meus pés. Meus pais, a princípio, ficaram muito emocionados e choraram muito, preocupados com o que seria do meu futuro, um dia. Mas, mesmo assim, eles me deram calor humano paterno e materno.
Tenho sete irmãos, todos perfeitos e normais. Deus iluminou o coração dos meus pais para que me amassem e não me desprezassem. A imprensa peruana falou muito mal do meu nascimento, dando notícias exageradas, como “Nasce criança de três cabeças”.15 dias após meu nascimento, meus pais receberam quase 100 pessoas que foram a minha casa para me visitar. Pessoas vestidas de cordeiro, mas que, na verdade, eram lobos. Eram preconceituosas. Aqueles que se julgavam poderosos e importantes na sociedade, que julgavam a pessoa pelo tamanho e pelo físico e não pelo espírito, foram pedir a minha mãe que me mostrasse a eles. Minha mãe questionava o porquê de tanta gente. E os preconceituosos diziam que, simplesmente, queriam me conhecer, dizendo: “Trouxemos presentes para esta criança”. Ela com muito cuidado me levantava do berço e me conduzia para a sala onde estavam as pessoas. Enquanto olhavam para mim, uma mulher, que estava ao meu lado, cuspiu no meu rosto. Nessa hora minha mãe me levou de volta para o quarto e voltou para a sala de visita para pedir uma explicação. Dirigiu-se à pessoa que fez isso e, chorando, perguntou: “Por que a senhora fez isso com a criança? Por que você cuspiu no rosto do meu filho?” Já estavam todos combinados e uma só voz falava: “Nós viemos, aqui, em nome da sociedade peruana para pedir que você mate seu filho. Ele é um deficiente inútil para a sociedade. Quem vai tomar conta desta criança?” Mamãe chorava. Mãe é mãe quando é verdadeira mãe. Mamãe nunca me desprezou, nunca negou seu amor. E, implorando, falou: “Não me importa a sociedade, Deus deu vida a esta criança e eu vou tomar conta dela. Por favor, não me peçam para matar meu filho”. E a multidão então falou: “Deixe-nos entrar no quarto dele, dê licença, saia da porta”. E minha mãe disse: “Não sairei da porta do quarto do meu filho. Se vocês querem matá-lo, terão que passar por cima do meu cadáver”. Os preconceituosos desistiram e minha mãe fugiu comigo para outra cidade, onde me criei.Eu digo, nesta tarde, que não era a sociedade peruana que queria minha morte, mas um grupo de egoístas. Passaram-se 67 anos e quem sou agora? Será que sou um parasita? Será que sou um mendigo, um inútil ou um mercenário? Hoje sou um doutor, advogado criminalista. Sou professor da Universidade de Lima, sou escritor literário e defensor dos Direitos Humanos. Todos temos o direito de viver. Todos temos o direito de nascer. A mãe não deve abortar, não deve ser tão egoísta. A mãe deve amar seu filho como Nossa Senhora amou Jesus. Para encerrar, pergunto à humanidade: “Se a mãe de Bento XVI tivesse cometido a prática do aborto existiria Bento XVI para o mundo? E quantos “Bentos XVI” as mães matam, jogam pela janela, no lixo e no rio? Quantos seres importantes deixaram de vir ao mundo?”

terça-feira, 5 de fevereiro de 2008

Criação ou evolução

Vire e mexe acompanho com interesse os conflitos criacionistas/evolucionistas, cada qual esmiuçando tratados científicos ou compêndios bíblicos na defesa de suas teses. Os darwinistas desdenhando da existência de um Ser Criador e tentando provar por A + B que somos resultados da evolução das espécies, que tudo está sacramentado pela sociobiologia, psicologia evolutiva e genética. Na outra ponta, os chamados patrulheiros epistemológicos - bispos, padres, freiras e gente simples do povo que acreditam que a vida é um dom de Deus. A pendenga, parece, não tem hora pra acabar. Teorias à parte, arde no meu coração as palavras de Paulo apóstolo: “ainda que eu falasse as línguas dos homens e dos anjos, e não tivesse amor, seria como o metal que soa ou como o sino que tine. E ainda que tivesse o dom de profecia, e conhecesse todos os mistérios e toda a ciência, e ainda que tivesse toda a fé, de maneira tal que transportasse os montes, e não tivesse amor, nada seria. E ainda que distribuísse toda a minha fortuna para sustento dos pobres, e ainda que entregasse o meu corpo para ser queimado, e não tivesse amor, nada disso me aproveitaria. O amor é sofredor, é benigno; o amor não é invejoso; o amor não trata com leviandade, não se ensoberbece. Não se porta com indecência, não busca os seus interesses, não se irrita, não suspeita mal; não folga com a injustiça, mas folga com a verdade; tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta. O amor nunca falha; mas havendo profecias, serão aniquiladas; havendo línguas, cessarão; havendo ciência, desaparecerá; porque, em parte, conhecemos, e em parte profetizamos; mas, quando vier o que é perfeito, então o que o é em parte será aniquilado”.

domingo, 3 de fevereiro de 2008

O encanto nosso de cada dia


"Ainda bem que o tempo passa! Já imaginou o desespero que tomaria conta de nós se tivéssemos que suportar uma segunda-feira eterna?
A beleza de cada dia só existe porque não é duradoura. Tudo o que é belo não pode ser aprisionado, porque aprisionar a beleza é uma forma de desintegrar a sua essência. Dizem que havia uma menina que se maravilhava todas as manhãs com a presença de um pássaro encantado. Ele pousava em sua janela e a presenteava com um canto que não durava mais que cinco minutos. A beleza era tão intensa que o canto a alimentava pelo resto do dia. Certa vez, ela resolveu armar uma armadilha para o pássaro encantado. Quando ele chegou, ela o capturou e o deixou preso na gaiola para que pudesse ouvir por mais tempo o seu canto.
O grande problema é que a gaiola o entristeceu; e triste, deixou de cantar.
Foi então que a menina descobriu que o canto do pássaro só existia porque ele era livre. O encanto estava justamente no fato de não o possuir. Livre, ele conseguia derramar na janela do quarto, a parcela de encanto que seria necessário para que ela pudesse suportar a vida. O encanto alivia a existência... Aprisionado, ela o possuía, mas não recebia dele o que considerava ser a sua maior riqueza: o canto!
Fico pensando que nem sempre sabemos recolher só encanto... Por vezes, insistimos em capturar o encantador, e então o matamos de tristeza.
Amar talvez seja isso: Ficar ao lado, mas sem possuir. Viver também.
Precisamos descobrir, que há um encanto nosso de cada dia que só poderá ser descoberto, à medida em que nos empenharmos em não reter a vida.
Viver é exercício de desprendimento. É aventura de deixar que o tempo leve o que é dele, e que fique só o necessário para continuarmos as novas descobertas.
Há uma beleza escondida nas passagens... Vida antiga que se desdobra em novidades, coisas velhas que se revestem de frescor. Basta que retiremos os obstáculos da passagem e deixemos a vida seguir. Não há tristeza que mereça ser eterna; nem felicidade. Talvez seja por isso que o verbo dividir nos ajude tanto no momento em que precisamos entender o sentimento da tristeza e da alegria. Eles só são suportáveis à medida em que os dividimos...
E enquanto dividimos, eles passam, assim como tudo precisa passar.
Não se prenda ao acontecimento que agora parece ser definitivo. O tempo está passando... Uma redenção está sendo nutrida nessa hora...
Abra os olhos. Há encantos escondidos por toda parte. Preste atenção: são miúdos, mas constantes. Olhe para a janela de sua vida e perceba o pássaro encantado na sua história. Escute o que ele canta, mas não caia na tentação de querê-lo o tempo todo só para você. Ele só é encantado porque você não o possui.
Nisto consiste a beleza desse instante. O tempo está passando, mas o encanto que você pode recolher será o suficiente para esperar até amanhã, quando o pássaro encantado, quando você menos imaginar, voltar a pousar na sua janela".
Fonte: fabiodemelo.com.br

Demos o devido valor a cada coisa

"Precisamos aprender com o verdadeiro homem: Jesus, como fazer e valorizar cada coisa em nós mesmos e nos nossos irmãos; com Ele precisamos aprender a elogiar, a cuidar, a amar, a acolher, a sermos melhores e a fazer todas as coisas bem, como Ele que passou por esta vida fazendo o bem e fazendo bem tudo o que lhe fora confiado pelo Pai. Podemos viver a vida com excelência, potencializando cada ato, se fizermos tudo na companhia do Senhor.É tudo muito simples. Basta convidarmos Jesus para que Ele seja nosso companheiro ao longo de todo o dia, e deixemo-nos guiar por Ele. "Que o Senhor abençoe com apaz o seu povo! (Sl 28)Peçamos a bênção de Deus sobre nós neste dia e sobre a vida de todas as pessoas que pasarem pela nossa vida". (Luzia Santiago - Comunidade Canção Nova)