sábado, 15 de agosto de 2009

Manoel Fernando Candido

Filho de Alvarina e Benedito Candido, o boiadeiro Manoel Fernando Candido adormeceu na véspera da Páscoa de 1998, pouco antes de completar 60 anos. O Dia dos Pais sem a presença física do Fernando não é novidade para seus sete filhos nem para a esposa Maria Palmira. Acostumado a lida com gado ele passava parte considerável de seu tempo ao volante do Mercedão, de fazenda em fazenda, toreando as curvas e tocaias das estradas de Minas, Goiás, Matogrosso e São Paulo. A cada 30 ou 40 dias longe da família, a buzina do possante no portão e o cheiro de palha curtida no esterco da boiada alegravam o nosso coração. Tinha abraços pra todo mundo, um torrone ou um chocolate Diamante Negro pros filhos e os enormes pães do Posto Guanabara para o café da manhã. Antes do almoço, um trago de Sertaneja, e depois, uma cesta de uma hora, afinal, ninguém é de ferro. Passada básica nas oficinas para calibrar as engrenagens e prosa com os amigos no Bar do Riquinho não podiam faltar. Sempre que podia, uma trucada aos domingos com os irmãos, um churrasco mal passado e música raiz. De sorriso em sorriso, Fernando só tinha amigos. Deus sabe a saudade que sinto de meu velho pai. Quando ele acordar com Jesus, espero ser o primeiro a lhe dar um beijo. Até lá!

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