terça-feira, 25 de agosto de 2009

Carlos Galuban e meu pai

Confesso que fiquei triste com a morte recente do empresário Carlos Galuban, o patriarca de família tradicional e fundador dessa potência regional chamada Rede Recapex. Não que eu tenha feito parte de seu convívio familiar ou empresarial, não é isso. É que imagem ou a memória do Galuban me recorda os bons tempos de infância ao lado de meu velho pai. A Recapex, pra quem não sabe, funcionou por muitos anos em antigo trecho da Rua 24 de Outubro, atual Paulo Roberto Scandar, pertinho de casa, em prédio pouco abaixo da Mamad'Oro. Era ali que papai levava os pneus do Mercedão pra ressolar. Eu ia junto, na cabine do caminhão. Para esse tipo de serviço, Manoel Fernando Candido só confiava na Recapex. Como menino aprendiz eu ouvia meu pai falar da qualidade dos serviços e da amizade com o "Carlão" e com os funcionários da empresa. Parece que estou vendo o senhor Carlos Galuban sentado naquela cadeira de área, na porta de empresa, sempre gentil com os amigos e fregueses. Aprendi como meu pai a respeitar gente séria e sempre procurar aqueles que fazem do trabalho uma profissão de vida. Meus respeitos à família e um abraço no amigo Pingo Galuban.

O propósito da disciplina

O que rejeita a disciplina menospreza a sua alma, porém o que atende à repreensão adquire entendimento. Prov. 15:32.
Quando o fogo cai sobre a madeira, a destrói; quando cai sobre o ouro, o purifica. O fogo é símbolo da disciplina divina, das provações e adversidades que aparecem na vida.
Precisamos entender que a disciplina divina não é como o castigo humano. Nada que traz dor, lágrimas e tristeza nasce na mente divina. Deus só é o autor de coisas boas. Se eu rejeitar a disciplina, coloco-me numa estrada perigosa. “Menospreza a sua alma”, adverte Salomão.
Nada acontece neste mundo sem a permissão divina e, se Ele permite que a adversidade bata à porta do coração, é porque deseja que escrevamos capítulos mais brilhantes de nossa própria história. Teologicamente, a adversidade chega na vida do filho de Deus porque o Senhor quer despertá-lo para o perigo que se aproxima.
O verbo hebraico ma’as que Salomão usa, e que é traduzido como “rejeita”, em português, significa literalmente sentir-se revoltado, incomodado, não estar de acordo. Não é assim que nos sentimos cada vez que as coisas não saem como queremos? E, no entanto, essa aparente adversidade é o instrumento que Deus usa para livrar-nos de tragédias maiores.
Se aceitamos a prosperidade e a alegria, dons preciosos de Deus para fazer-nos felizes, não deveríamos também aceitar que o Senhor nos acorde para a realidade, quando a nossa humanidade nos leva a adormecer no volante das circunstâncias favoráveis?
Nenhuma dor é permanente. Nenhuma adversidade dura para sempre. Não para os filhos de Deus. Porque o objetivo não é destruir, e sim educar e edificar. A dor que você vive neste momento é passageira. Amanhã será um novo dia. O sol brilhará de novo e você terá crescido na sua maneira de ver a vida. Atenda à repreensão com humildade.
Por isso, hoje, mesmo que as coisas não estejam todas cor-de-rosa, mesmo que no céu haja nuvens ameaçadoras, vale a pena lembrar-se do conselho divino: “O que rejeita a disciplina menospreza a sua alma, porém o que atende à repreensão adquire entendimento.” (texto de Alejandro Bullón - Meditações Diárias 2007 - Janelas para a Vida) http://www.cpb.com.br/htdocs/periodicos/medmat/2007/frmd2007.html

Repouso para os cansados

Na prosperidade repousará a sua alma, e a sua descendência herdará a terra. Sal. 25:13.
A palavra prosperidade, que o salmista usa no texto de hoje para referir-se às bênçãos de Deus, na linguagem hebraica, é Tsaleaj. Essa palavra pode ser achada umas 65 vezes no Antigo Testamento.
A primeira vez que aparece na Bíblia é quando o servo de Abraão cumpre a missão de buscar uma esposa para Isaque e alcança o seu objetivo. Ele foi próspero, afirma o relato.
Na Bíblia, a palavra Tsaleajexpressa a idéia de um empreendimento bem-sucedido porque Deus está presente. Ao narrar a história do reinado vitorioso e próspero do rei Uzias, o relato bíblico afirma: “Nos dias em que buscou ao Senhor, Deus o fez prosperar.”
No salmo de hoje, Deus promete prosperidade e repouso para as pessoas cansadas, estressadas, aflitas, que correm de um lado para outro e não acham o que procuram. Pessoas que trabalham de sol a sol, ganham até bem, mas o que conseguem não lhes serve para nada e desaparece das mãos como areia entre os dedos.
Prosperidade, no sentido bíblico, não tem que ver só com o acúmulo de dinheiro, propriedades e bens materiais. Tem que ver com satisfação, realização e paz. Tem que ver com a alegria do dever cumprido, embora a viagem ainda não tenha chegado ao fim.
A segunda parte do texto diz: “A sua descendência herdará a terra.” De que terra o salmista está falando? De uma terra melhor, de um futuro pelo qual você luta, se esforça e se sacrifica, mas que talvez só seus filhos ou netos desfrutarão.
Não importa. O caminho pode ser longo e cheio de perigos. A jornada pode ser cansativa e perigosa. Mas se você cumprir o seu dever diário, depositando a confiança em Deus, a fonte da prosperidade, a sua alma achará repouso em meio às agitações da vida. Você sabe o que está fazendo aqui. Conhece sua missão, encontrou o caminho e sua vida tem sentido.
Não limite suas expectativas a valores materiais. Observe as pessoas. Pese os sentimentos. Importe-se com as pequenas alegrias da vida e não se esqueça de que, se os seus olhos estiverem fixos em Deus, “na prosperidade repousará a sua alma, e a sua descendência herdará a terra.” (texto de Alejandro Bullón - Meditações Diárias 2007 - Janelas para a Vida) http://www.cpb.com.br/htdocs/periodicos/medmat/2007/frmd2007.html

Escolhas

Se és sábio, para ti mesmo o és; se és escarnecedor, tu só o suportarás. Prov. 9:12.
Todo ser humano nasce livre. As escolhas fazem a diferença. Uns escolhem para o bem, outros para o mal. No verso de hoje, Salomão coloca a responsabilidade da vitória ou da derrota nas mãos da própria pessoa.
É verdade que existem muitas explicações para a derrota. O clima, as circunstâncias, a falta de oportunidades, os problemas, enfim. Difícil é aceitar o fato de que a maioria das derrotas tem raízes nas decisões erradas que tomamos.
Se você procurar o conselho divino e ajustar a sua vida a ele, o resultado natural será a sabedoria que o conduzirá à vitória. A única pessoa beneficiada com essa decisão é você. Se em meio à noite escura decido acender a lâmpada, quem é que vai sair ganhando com a minha decisão? Mas se decido andar às escuras, quem vai acabar tropeçando e se machucando?
As instruções divinas são luz. Iluminam o caminho escuro a fim de chegar com segurança ao destino. Sem luz, a pessoa tropeça, cai, se machuca e não encontra o que procura.
Nunca, como hoje, as pessoas falaram tanto acerca da luz. “Ele tem luz”, “você tem a aura”, “Raul é uma pessoa iluminada”. Existe a idéia de que este mundo está cheio de energia positiva e negativa. Dizem que pessoas positivas têm luz e pessoas negativas são tenebrosas.
Mas a vida não depende de energia. A vida é energia. A vida depende de decisões. Não posso deixar a minha “sorte” nas mãos da Lua, das estrelas, das pirâmides, dos números ou das pedras. Se existe algo que Deus entregou a todo ser humano é a capacidade de decidir. Em vez de pensar que uns nascem com luz e outros sem, a criatura deve procurar a verdadeira luz que vem dos ensinamentos divinos e acessíveis a todos. A Palavra de Deus é a tocha que ilumina, no lugar do choro.
Faça de hoje um dia de decisões sábias. Procure a luz da Palavra de Deus. Decida seguir os princípios divinos e prepare-se para receber as grandes vitórias que Jesus tem reservado para você e sua família. Porque “se és sábio, para ti mesmo o és; se és escarnecedor, tu só o suportarás”. (texto de Alejandro Bullón - Meditações Diárias 2007 - Janelas para a Vida) http://www.cpb.com.br/htdocs/periodicos/medmat/2007/frmd2007.html

Quanto a mim

Quanto a mim, confio em Ti, Senhor. Eu disse: Tu és o meu Deus. Sal. 31:14.
A vida espiritual é uma experiência individual. Você não pode ser fiel a Deus em grupo. É verdade que o grupo exerce influência na vida do indivíduo, mas o Deus “da igreja” pode não ser o seu Deus, e o crescimento espiritual da igreja não garante o seu.
É tendência natural do ser humano olhar para os outros a fim de tranqüilizar a própria consciência. É natural esconder-se atrás dos outros, ou olhar na direção deles antes de tomar uma decisão. Mas o salmista declara hoje: “Quanto a mim”. Pode ser que tudo aquilo que Deus fez na vida das pessoas não seja motivo para que O reconheçam e aceitem como Deus. Talvez os milagres cotidianos que acontecem na vida de tanta gente não leve essas pessoas a depositar sua confiança em Deus. Não sei e não quero que isso exerça influência na minha vida, mas, “quanto a mim, confio em Ti, Senhor”.
Essa é a expressão de uma fé particular, íntima e pessoal. “Tu és o meu Deus.” Aqui está o segredo de uma grande vitória. Deus é meu. Tenho-O em meu coração. As pessoas podem tirar tudo de mim, menos a confiança que tenho em meu Deus, porque eu O conheço.
Ao longo dos Salmos, é enfatizada a vida espiritual como uma relação permanente de amor entre Deus e o homem. Davi louvava o nome desse Deus que ele amava de manhã, ao meio-dia e à noite.
Por que você acha que o cristianismo tem esse nome e não igrejismo? Porque é comunhão diária com Cristo. A igreja tem um lugar importante na vida do cristão, mas não é ela, e sim a experiência pessoal com Cristo que vai tornar uma pessoa cristã. Sem Ele, é possível ser apenas um membro de igreja e não ser cristão.
Antes de partir para os desafios da vida, hoje, pense no tipo de cristianismo que você vive. É Jesus o centro de seus sonhos, planos e projetos, ou é apenas um nome bonito para se lembrar uma vez por semana?
Faça de hoje um dia de comunhão especial com Jesus. Consulte-O sobre as dúvidas que atormentam o seu coração. Peça-Lhe sabedoria para tomar as decisões certas, e não saia para a rua sem Ele. Repita com convicção: “Quanto a mim, confio em Ti, Senhor. Eu disse: Tu és o meu Deus.” (texto de Alejandro Bullón - Meditações Diárias 2007 - Janelas para a Vida) http://www.cpb.com.br/htdocs/periodicos/medmat/2007/frmd2007.html

Eu tenho a força

Meu é o conselho e a verdadeira sabedoria, Eu sou o Entendimento, Minha é a fortaleza. Prov. 8:14.
O herói infantil He-man mostra a espada e grita: “Eu tenho a força.” Mas, no verso de hoje, Deus afirma: “Minha é a fortaleza.” Quem tem a razão? Alguém está mentindo. Não pode haver duas verdades ao mesmo tempo.
O humanismo de nossos dias ensina que há energia quase divina dentro do ser humano. “Concentre-se, tire a energia dentro de você, mentalize”, afirmam. Quanta verdade existe nessas afirmações? Quanto poder e força interior possui o homem?
A Bíblia, por sua vez, ensina que a força vem de Deus. É dEle que vem o conselho e a verdadeira sabedoria. O valor da criatura é extrínseco. Valemos porque Deus nos considera valiosos, não porque tenhamos valor em nós mesmos.
Portanto, para ser feliz e realizado nesta vida, você precisa ir diariamente à fonte inesgotável de sabedoria. Deus é o Criador e conhece melhor do que ninguém a obra de Suas mãos. Quem melhor do que Ele para mostrar-lhe o caminho da prosperidade?
O ser humano natural não gosta de receber conselhos, prefere aconselhar. Não aceita ser o segundo, quer ser sempre o primeiro. Foi assim desde o princípio. A serpente disse a Eva: “Como Deus, sereis conhecedores do bem e do mal.” Gên. 3:5. Que idéia sedutora. Ser como Deus. Desde aquele dia, a humanidade iniciou a desesperada corrida em direção da sua própria divinização. Gosta de brincar de Deus. Inventa pequenos deuses. Sente-se Deus.
Para que conselho? Ou instrução? “Eu tenho a força”, o ser humano grita bem alto. No fundo, nem ele próprio acredita na sua teoria oca, mas persiste e insiste, a despeito de suas frustrações e derrotas.
Hoje, você precisa de sabedoria e de conselho para tomar uma decisão importante? Sente-se cansado, triste, magoado e precisa ser fortalecido? Vá a Jesus. Ele sempre está com os braços abertos, esperando o retorno dos Seus filhos. Só nEle você poderá encontrar refúgio, alívio e forças para carregar o fardo que as circunstâncias lhe impõem. Ele afirma: “Meu é o conselho e a verdadeira sabedoria, Eu sou o Entendimento, Minha é a fortaleza.” (texto de Alejandro Bullón - Meditações Diárias 2007 - Janelas para a Vida) http://www.cpb.com.br/htdocs/periodicos/medmat/2007/frmd2007.html

Estou sozinho

Volta-Te para mim e tem compaixão, porque estou sozinho e aflito. Sal. 25:16.
Não é fácil ser líder. Houve um tempo em que a melhor definição de líder era: “Aquele que inspira e leva as pessoas à ação, conseguindo delas o máximo de colaboração e o mínimo de oposição.” Hoje, a melhor definição poderia ser: “Líder é aquele contra o qual a maioria se opõe.” Vivemos em tempos de contestação. “Si hay líder, soy contra”, parece ser o grito universal dos povos.
Davi era o líder de Israel e pagou o preço da incompreensão e da solidão. Disse: “Estou sozinho e aflito.” Se você nunca teve que exercer um cargo de liderança e tomar decisões difíceis que envolvem outras pessoas, talvez não consiga entender a “solidão do líder”.
Se você quer ser leal à sua consciência e aos princípios bíblicos, verá muitas vezes que amigos e até membros de sua família se colocarão contra você. Isso dói. O salmista conhecia bem essa dor, porque seus filhos, Absalão, Amon e Adonias estavam contra ele e, junto a eles, Aitofel, um dos melhores amigos do rei.
Nessas horas de solidão e dor, aonde vai o líder ferido? Ele não pode desanimar nem esmorecer, nem fraquejar. Ele é o líder. Todos podem abandonar o barco, menos o capitão. Todos podem correr, fugir. O líder não. Mas ele não é apenas um ser humano como os outros? Não tem sentimentos, coração e sangue como os demais? Sim, mas quem se importa com isso?
O verso de hoje nos dá a entender que há alguém que se importa. Por isso, a oração do salmista foi: “Volta-Te para mim e tem compaixão, porque estou sozinho e aflito.”
Aflição, do verbo hebraico Tsarah, significa dor psicológica e emocional. É com esse significado que a palavra aparece pela primeira vez em Gênesis 42:21, quando os irmãos de José, ao reconhecê-lo, disseram uns aos outros. “Na verdade, somos culpados, no tocante a nosso irmão, pois lhe vimos a angústia da alma, quando nos rogava, e não lhe acudimos.”
José era o líder abandonado e rejeitado. Como Davi e tantos outros. Talvez como você hoje, diante das circunstâncias difíceis que está vivendo.
Mas Jesus está aí ao seu lado, disposto a dar-lhe forças para suportar as intrigas e maledicências da oposição. Não tema. Apenas diga como o salmista: “Volta-Te para mim e tem compaixão, porque estou sozinho e aflito.” (texto de Alejandro Bullón - Meditações Diárias 2007 - Janelas para a Vida) http://www.cpb.com.br/htdocs/periodicos/medmat/2007/frmd2007.html

Ensine valores

O que é ávido por lucro desonesto transtorna a sua casa, mas o que odeia o suborno, esse viverá. Prov. 15:27.
A família recebeu a notícia como uma bomba. O pai tinha sido preso por tráfico de drogas. Eles viram tudo na televisão, na hora do jornal. O pai, sem camisa, tentando ocultar o rosto das câmaras.
A partir daquele dia, muitas atitudes “misteriosas” do pai pareciam ter explicação. Ele sempre dizia que viajava por causa do trabalho, mas a realidade era outra. Homem moralista, carinhoso, esposo e pai exemplar, sempre forneceu tudo que a família precisava. Os filhos o admiravam, e a descoberta da vida dupla daquele homem quase destruiu a vida da família.
O texto de hoje descreve a situação de muitas pessoas que não pesam as conseqüências quando se trata de conseguir dinheiro. O “lucro desonesto” sempre traz complicações. Nem sempre com a polícia. São complicações interiores, noites sem dormir, consciência culpada e horas infernais de angústia diante da possibilidade de ser descoberto. Tudo isso se reflete na qualidade de vida. Não é a mesma coisa que conforto. Você compra conforto, não qualidade de vida. Ir a um Spa, gastar dinheiro em férias maravilhosas, comer em bons restaurantes e hospedar-se nos melhores hotéis trazem apenas conforto.
Salomão declara: “O que odeia o suborno, esse viverá.” Acaso a pessoa desonesta não vive? Existe, mas não vive. Viver, no sentido bíblico, é mais do que sobreviver. É desfrutar paz, tranqüilidade, sono reparador, família, valores espirituais; enfim, coisas simples, aparentemente insignificantes, que dão à vida um sentido de plenitude. Isso, não se compra. Você o recebe de graça das mãos de Deus, mediante o trabalho honesto.
Ensine esses valores. Não imponha nada. Muita gente tentou fazer isso e só conseguiu reclamações e revolta. Valores nunca se impõem. São ensinados no dia-a-dia, no convívio, com a palavra e com o exemplo.
Pessoas sábias são avaliadas pela coerência de suas palavras e de suas ações. Seja, com a ajuda de Deus, uma pessoa sábia. E faça de hoje um dia especial de formação de valores na vida dos seus amados, porque “o que é ávido por lucro desonesto transtorna a sua casa, mas o que odeia o suborno, esse viverá”. (texto de Alejandro Bullón - Meditações Diárias 2007 - Janelas para a Vida) http://www.cpb.com.br/htdocs/periodicos/medmat/2007/frmd2007.html

segunda-feira, 24 de agosto de 2009

Seja forte

Sede fortes, e revigore-se o vosso coração, vós todos que esperais no Senhor. Sal. 31:24.
Israel andava pelo deserto, rumo à terra prometida. Os anos transcorriam e dava a impressão de que o alvo estava cada vez mais distante. Você já sentiu algo parecido? Outro dia, um jovem me disse: “Tentei doze vestibulares em universidades públicas e não consegui passar. E, para piorar, não tenho dinheiro para pagar uma universidade particular. Acho que o meu sonho de ser médico nunca se realizará.”
Houve um momento em que o povo de Israel também sentiu que o desânimo se apoderava dele. Então, Deus disse: “Guardai, pois, todos os mandamentos que hoje vos ordeno, para que sejais fortes, e entreis, e possuais a terra para onde vos dirigis.” Deut. 11:8.
Esta é a primeira vez na Bíblia em que aparece a expressão “sê forte”, em hebraico jazaq. Essa expressão se repete 290 vezes no Antigo Testamento. Esse é o segredo do êxito. Não há como alcançar os sonhos nem atingir as metas sendo fraco. É imprescindível ser forte. Tudo que vale tem um preço. No Brasil, existe um ditado popular que afirma: “A cana é doce, mas não é mole.” Só os fortes podem pagar o preço do êxito.
O salmista, no verso de hoje, se dirige aos desanimados. Àqueles que estão cansados de lutar e lutar e nada conseguir. Àqueles que estão a ponto de desistir diante das dificuldades que encontram na estrada.
“Sede fortes, e revigore-se o vosso coração.” É o desafio. Mas vai além. Mostra o caminho, a maneira de adquirir fortaleza. O caminho é: “Espera no Senhor.”
Você não está cansado de esperar? Sim, no sentido de aguardar que aconteça algo. Mas o “esperar” de Davi é um “ficar a sós” com Deus. Buscá-Lo em oração. Meditar nos Seus ensinamentos e tentar descobrir a maneira de alcançar o objetivo.
Talvez agora tenha sentido o que Deus disse a Israel: “Guardai, pois, todos os mandamentos... para que sejais fortes.” Deut. 11:8. É o mesmo conceito de Davi: “Sede fortes... vós que esperais no Senhor.”
Você está disposto a seguir com atenção os conselhos divinos? Está disposto a meditar nos ensinamentos divinos para uma vida vitoriosa?
Vá, hoje, para o trabalho ou para a escola lembrando-se do conselho bíblico: “Sede fortes e revigore-se o vosso coração, vós todos, que esperais no Senhor.”

(texto de Alejandro Bullón - Meditações Diárias 2007 - Janelas para a Vida) http://www.cpb.com.br/htdocs/periodicos/medmat/2007/frmd2007.html

A resposta branda

A resposta branda desvia o furor, mas a palavra dura suscita a ira. Prov. 15:1.
É um velho ditado brasileiro: “Quando um não quer, dois não brigam.” Simples e ao mesmo tempo profundo. É uma maneira popular de apresentar o que Salomão disse séculos atrás. Não existe coração que não se comova diante de uma resposta gentil.
A vida é como um espelho. Você recebe de volta a imagem que projeta. Palavras duras geram reações agressivas. Palavras suaves geram atitudes gentis.
O adjetivo duro, em hebreu, é éseb, que também pode ser traduzido como “que provoca dor”. As palavras são como facas de dois gumes. Servem para o bem ou para o mal. Apaziguam ou esquentam os ânimos. Consertam relacionamentos ou os destroem. Trazem alegria ou provocam a dor.
Pense nas vezes que poderia ter usado a palavra de modo mais edificante. Não se projete a um tempo muito distante, pense apenas no que aconteceu ontem ou hoje com sua esposa ou com seus filhos.
Quando as setas envenenadas do furor tentarem atingi-lo, use como escudo protetor a resposta branda. Não entre no jogo da provocação. Responder no mesmo tom, deixando-se levar pela paixão do momento, não é evidência nem de sabedoria nem de coragem. Você pode vencer os outros e ser considerado forte. Mas, se vencer a si mesmo, será poderoso. Esse tipo de vitória só é possível alcançar com a ajuda do Todo-Poderoso.
O controle das palavras começa com o controle das emoções, e isso é obra do Espírito Santo. Encontro, com freqüência, pessoas que me dizem: “Eu sei que as minhas palavras ditas de maneira inapropriada me criam problemas, mas não consigo fazer nada para mudar essa situação.”
Essa é a diferença entre o humanismo e o cristianismo. Enquanto a primeira deixa toda a responsabilidade nos seus ombros, colocando seu interior como a fonte do poder, o cristianismo ensina que o poder não provém de dentro, mas de cima. A mudança de temperamento é um ato divino. Deus usa como instrumento a vontade humana, mas a criatura não passa de um meio. A fonte de poder é Deus.
Inicie as atividades deste dia colocando sua vontade sob o controle divino. Deixe que Jesus viva em você e controle as suas palavras, porque “a resposta branda desvia o furor, mas a palavra dura suscita a ira”. (texto de Alejandro Bullón - Meditações Diárias 2007 - Janelas para a Vida) http://www.cpb.com.br/htdocs/periodicos/medmat/2007/frmd2007.html

Examina-me

Examina-me, Senhor, e prova-me; sonda-me o coração e os pensamentos. Sal. 26:2.
Este salmo foi escrito por ocasião da fome que assolou Israel por três anos. O contexto nos mostra que a nação atravessava um período de crises. Na época, Davi tinha 58 anos de idade e, como sempre fez em momentos de crise, dirigiu-se a Deus em busca de socorro.
O relato bíblico narra essa história assim: “Houve, em dias de Davi, uma fome de três anos consecutivos. Davi consultou ao Senhor, e o Senhor lhe disse: Há culpa de sangue sobre Saul e sobre a sua casa, porque ele matou os gibeonitas.” II Sam. 21:1.
Havia uma história vergonhosa no passado de Israel. Saul não havia cumprido o trato que Josué fizera com os gibeonitas ao conquistar Canaã. Agora, anos depois, o povo estava sofrendo as conseqüências e ninguém sabia o porquê.
Nessas circunstâncias, o rei volta os olhos a Deus e ora: “Examina-me, Senhor, e prova-me; sonda-me o coração e os pensamentos.” Davi sabia que não era culpado da crise que enfrentava. Existem momentos críticos pelos quais você não é responsável. Nem sempre o sofrimento é o resultado dos erros que você tenha cometido. Muitas vezes, você carregará a dor como conseqüência de erros cometidos por seus antepassados.
Davi vivia um momento desses e disse ao Senhor: “Examina-me e prova-me. Não olhes só para minha conduta exterior, olha para os meus sentimentos e pensamentos íntimos. Tu sabes que, neste caso, eu sou inocente. Em minha vida pode haver muitos erros, posso ter falhado muitas vezes. Mas, neste caso, Senhor, eu não tenho culpa.”
A Bíblia afirma que “não há justo”. Rom. 3:10. Como podia o salmista ter o atrevimento de pedir a Deus que o provasse se “todos pecaram e carecem da glória de Deus”? Rom. 3:23.
Talvez a resposta esteja no verso 3, onde Davi apela para a misericórdia divina. Em hebraico, misericórdia, Jased, significa bondade, amor constante, graça, fidelidade, clemência. Foi por esse amor incompreensível que “Aquele que não conheceu pecado, Ele o fez pecado por nós; para que, nEle, fôssemos feitos justiça de Deus”. II Cor. 5:21.
NEle, em Jesus; em nenhum outro há salvação. NEle, você e eu somos justos. Só estando nEle, andando com Ele, mantendo comunhão permanente com Jesus podemos ir a Deus e orar como Davi: “Examina-me, Senhor, e prova-me; sonda-me o coração e os pensamentos.” (texto de Alejandro Bullón - Meditações Diárias 2007 - Janelas para a Vida) http://www.cpb.com.br/htdocs/periodicos/medmat/2007/frmd2007.html

Aceite o ensino

Aceitai o meu ensino, e não a prata, e o conhecimento, antes do que o ouro escolhido. Prov. 8:10.
Você só valoriza as coisas que lhe interessam. É uma lei da vida. Ninguém pára debaixo de uma laranjeira se não gosta de laranja. O dinheiro interessa a todos. É inquestionável o seu valor. Outro dia, alguém disse: “Você não compra felicidade com dinheiro, mas que o dinheiro ajuda, ajuda.” No entanto, o texto de hoje mostra que em lugar de procurar o que “ajuda”, é melhor procurar a própria felicidade.
Os livros de Salmos e Provérbios dão a impressão de serem repetitivos ao afirmarem que o segredo da felicidade é encontrar o caminho e andar nele. A felicidade não é uma meta, é um caminho. Você não chega, você anda. Avança enquanto é feliz. No dia em que você parar, achando que alcançou a felicidade, deixa de ser feliz.
Se a felicidade é um caminho, de certo modo é um processo. Todo processo envolve crescimento, e não existe crescimento sem aprendizagem. Por isso, Salomão afirma: “Aceitai o meu ensino.”
Para aceitar o ensino, a primeira coisa que você deve aceitar é que o mestre sabe mais do que você. É preciso humildade. O orgulho é a maior barreira no processo de aprendizagem, e o coração humano é naturalmente orgulhoso. Acha que sabe tudo e que tem condições de encontrar seu próprio caminho. Perde-se na selva emaranhada de seus próprios raciocínios. Justifica seus erros. Explica suas atitudes, mas não se entrega.
Deus poderia abandonar a criatura boiando nas águas turbulentas da suficiência própria, mas não o faz. Está sempre disposto a ensinar. Ele conhece bem o caminho. Ele nos criou. Conhece os rincões mais escuros e tenebrosos do coração e da mente. Está sempre disposto a ensinar, se a criatura deseja aprender. A jóia mais cara do mundo não tem valor nenhum nas mãos de alguém que a rejeita. As coisas só têm sentido se ocupam um lugar no seu coração e o inspiram à ação.
Aceite hoje os conselhos divinos. Coloque-os em prática. Viva-os. Experimente-os. Ouça a voz de Deus dizendo: “Aceitai o Meu ensino, e não a prata, e o conhecimento, antes do que o ouro escolhido.” (texto de Alejandro Bullón - Meditações Diárias 2007 - Janelas para a Vida) http://www.cpb.com.br/htdocs/periodicos/medmat/2007/frmd2007.html

Palavra e procedimento

Porque a Palavra do Senhor é reta, e todo o Seu proceder é fiel. Sal. 33:4.
O salmo de hoje não traz o título nem o nome do autor. O tema é louvor e gratidão. Devemos ser agradecidos a Deus por tudo o que recebemos de Suas mãos.
Os três primeiros versos são um convite ao louvor. Depois, vem o verso 4, que escolhi para nossa meditação hoje. Neste verso, o autor apresenta as razões para louvar.
A primeira razão que o salmista apresenta é que “a palavra do Senhor é reta”. Reta, em hebraico, é Yashar. A primeira vez que aparece Yashar na Bíblia é em Êxodo, e está relacionada com uma promessa de Deus a Israel: “Se ouvires atento a voz do Senhor, teu Deus, e fizeres o que é reto diante dos Seus olhos, ... nenhuma enfermidade virá sobre ti.” Êxo. 15:26.
Como o ser humano pode saber o que é reto? Vivemos em dias nos quais cada um quer determinar o que é reto. Tudo é “relativo”. Tudo é “ajustável”. “Depende da cabeça de cada um.” São os argumentos que mais se ouvem.
O salmista declara enfaticamente que só Deus é reto; portanto, somente Ele tem autoridade para definir o que é moral, e o faz através de Sua Palavra.
A criatura pode decidir se aceita ou rejeita o que Deus determina como reto. Mas não é sua atribuição escolher o caminho errado e achar que é reto porque, ao fazê-lo, coloca-se no lugar de Deus.
O segundo motivo que o salmista dá para louvar é que o proceder de Deus é fiel. Suas promessas não falham. São eternas e verdadeiras, justas e bondosas. Um Deus reto só poderia agir de modo reto.
Palavra e procedimento misturam-se e complementam-se de maneira extraordinária no caráter de Deus. A “palavra” é a idéia. O “procedimento” é o fato. A “palavra” é a promessa. O “procedimento” é o cumprimento. É através de Sua palavra e de Seu procedimento que Deus Se revela ao ser humano e define o que é moral ou imoral.
Aceitar Sua palavra é aceitar Sua promessa. Você precisa do cumprimento das promessas de Deus em sua vida.
Faça de hoje um dia de obediência. Peça a Deus forças para andar nos Seus caminhos. Deixe-se orientar por Sua voz e confie nEle, porque “a Palavra do Senhor é reta, e todo o Seu proceder é fiel”. (texto de Alejandro Bullón - Meditações Diárias 2007 - Janelas para a Vida) http://www.cpb.com.br/htdocs/periodicos/medmat/2007/frmd2007.html

Sábio de coração

O sábio de coração aceita os mandamentos, mas o insensato de lábios vem a arruinar-se. Prov. 10:8.
O coração não sente. É apenas um músculo cuja principal função é bombear o sangue para levar vida ao corpo. O coração, no entanto, é usado para simbolizar o lugar mais secreto do ser. Ele não gera só a vida, pode também gerar a morte.
A pessoa sábia faz do seu coração um cofre para guardar os mandamentos de Deus. Esses não são apenas obrigação e dever. São os conselhos de amor para tornar a vida uma experiência gratificante. Os mandamentos são instruções que mostram o caminho e orientam o extraviado. São sinais de trânsito ao longo da estrada, advertindo das curvas perigosas e dos defeitos da pista.
Pessoas sábias seguem as regras porque sabem que a obediência a elas garante o êxito da jornada. A desobediência é fatal. Conduz à morte.
Na Bíblia, a desobediência é chamada de pecado. Em grego, pecado significa errar o alvo. Pessoas que se recusam a obedecer aos mandamentos podem até ser bem-intencionadas, ao procurar caminhos melhores para chegar ao porto desejado, mas estão condenadas a errar o alvo. A conseqüência é que “vem a arruinar-se”, afirma o texto. Em hebraico, o verbo “arruinar-se” provém da mesma raiz do substantivo “podre”. Uma fruta podre torna-se inútil, dispensável, e seu último lugar é a lixeira.
Ninguém, em pleno uso da razão, deseja esse final para a história que está escrevendo. Todos buscam sucesso e correm atrás do êxito, mas erram o alvo. As boas intenções não são garantia de chegar ao destino certo. Os sentimentos humanos são traiçoeiros. Ai da criatura que se deixa governar por eles.
Você tem nas mãos os mandamentos divinos. O que fará? Filosofará em torno deles? Tentará adaptá-los à cultura que o rodeia ou lhes obedecerá com humildade na sua peregrinação rumo ao alvo?
Viva este dia com sabedoria. Seja submisso ao Deus da vida. Entregue nas mãos do Senhor seus sonhos e planos, e lembre-se de que: “O sábio de coração aceita os mandamentos, mas o insensato de lábios, vem a arruinar-se.” (texto de Alejandro Bullón - Meditações Diárias 2007 - Janelas para a Vida) http://www.cpb.com.br/htdocs/periodicos/medmat/2007/frmd2007.html

sábado, 15 de agosto de 2009

Pricezinha da Paulo Scandar


Nove meses no ventre da Priscila e outros tantos no colo dos familiares contribuíram para moldar a graça e beleza de Ana Clara, a menina mais linda do mundo. Não se trata de mero exagero de pai, é a mais doce realidade. Pergunta pra mãe dela! Nem adianta solicitar cópia porque não foi programada linha de montagem, é modelo exclusivo! As meninas da Pura Gula a chamam de ‘princesinha da Paulo Scandar’, apelido carinhoso também adotado pelas suas irmãs Aline e Manuele. Os avós Maria Palmira, Joseane a José Carlos Borracha não sabem mais o que inventar para conquistar a preferência da netinha. Sem contar a tataravó Helena, que espalha em todo bairro Santa Cruz que Deus se superou nesta obra criadora. Nem mesmo a manha na hora da papinha ou mesmo o chorinho antes da soneca ousam empanar o brilho angelical da caçulinha da casa. Priscila mais eu agradecemos a cada despertar pelo mais lindo presente que alguém possa receber; dádiva graciosa do Deus amoroso, que não se cansa em alargar mais e mais a nossa felicidade. Que o mesmo Deus nos conceda sabedoria para orientá-la no caminho do bem; que ela cresça em graça e sabedoria, e viva feliz nos dias que o Senhor nos permitir. Amém!

Manoel Fernando Candido

Filho de Alvarina e Benedito Candido, o boiadeiro Manoel Fernando Candido adormeceu na véspera da Páscoa de 1998, pouco antes de completar 60 anos. O Dia dos Pais sem a presença física do Fernando não é novidade para seus sete filhos nem para a esposa Maria Palmira. Acostumado a lida com gado ele passava parte considerável de seu tempo ao volante do Mercedão, de fazenda em fazenda, toreando as curvas e tocaias das estradas de Minas, Goiás, Matogrosso e São Paulo. A cada 30 ou 40 dias longe da família, a buzina do possante no portão e o cheiro de palha curtida no esterco da boiada alegravam o nosso coração. Tinha abraços pra todo mundo, um torrone ou um chocolate Diamante Negro pros filhos e os enormes pães do Posto Guanabara para o café da manhã. Antes do almoço, um trago de Sertaneja, e depois, uma cesta de uma hora, afinal, ninguém é de ferro. Passada básica nas oficinas para calibrar as engrenagens e prosa com os amigos no Bar do Riquinho não podiam faltar. Sempre que podia, uma trucada aos domingos com os irmãos, um churrasco mal passado e música raiz. De sorriso em sorriso, Fernando só tinha amigos. Deus sabe a saudade que sinto de meu velho pai. Quando ele acordar com Jesus, espero ser o primeiro a lhe dar um beijo. Até lá!

quinta-feira, 13 de agosto de 2009

Clame ao Senhor

Clamam os justos, e o Senhor os escuta e os livra de todas as suas tribulações. Sal. 34:17.
Não conheço cristão que não enfrente dificuldades nesta vida. Você conhece algum? O verso de hoje nos ensina como enfrentar tribulações e sair vitoriosos. O verso apresenta três verbos: clamar, escutar e livrar. O primeiro deles expressa a responsabilidade humana: clamar. Deus não pode fazer nada por quem acha que não precisa de ajuda. Aqui está o perigo de pensar que você é a fonte de energia interior ou que a solução está dentro de você. Essa é a idéia que o humanismo ensina.
Milhares de pessoas passam a vida tentando achar “luz”, “aura”, “energia”. Mas descobrem estarem vazias e derrotadas.
A promessa do salmista é para os que clamam, porque reconhecem que precisam de ajuda. A atitude divina é dupla: primeiro escutar, depois livrar.
Quantos problemas humanos são resolvidos pelo simples fato de a pessoa ser escutada. Existem profissionais que fazem dinheiro, só porque conhecem a arte de ouvir. Quantos jovens passam a ser vítimas das drogas, só porque ninguém os ouve.
Você está ouvindo o seu filho ou o seu cônjuge? Muitos problemas poderiam ser evitados se aprendêssemos a ouvir uns aos outros. Aprenda a ouvir. O melhor órgão de comunicação não é a língua, e sim o ouvido. Deus está sempre pronto a escutá-lo. Porém, vai mais longe. Ele livra você das tribulações. Às vezes, pelo simples fato de escutá-lo. Quando você fala com Ele através da oração e depois fica em silêncio tentando ouvir Sua voz, o Senhor vai colocando seus pensamentos e sentimentos em ordem. Então você se levanta dos momentos de meditação com a decisão certa para as circunstâncias confusas que está vivendo.
“Clamam os justos.” Não basta clamar, é preciso ser justo. E, para ser justo, tudo que você precisa fazer é abrir o coração a Jesus e dizer: “Senhor, aqui estou. Nada sou, nada tenho. Sou apenas barro. Podes fazer alguma coisa deste simples barro?”
Não tenha medo diante da montanha de dificuldades que se apresentam na sua frente. Se Deus tirou Davi da cova de Adulão, onde estava escondido com medo dos seus inimigos, certamente conduzirá você também para a vitória. Não se esqueça de que: “Clamam os justos, e o Senhor os escuta e os livra de todas as suas tribulações.” (texto de Alejandro Bullón - Meditações Diárias 2007 - Janelas para a Vida)
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Palavras justas

São justas as palavras da minha boca, não há nelas nenhuma coisa torta, nem perversa. Prov. 8:8.
Aprendi com os erros que as palavras são transcendentais na vida de uma pessoa. Guardo lembranças tristes de palavras que não devia ter dito. Descobri que sou apenas um ser humano que transita uma longa jornada de crescimento.
Ao longo de todo o livro de Provérbios, o sábio Salomão parece dizer: Vigie as suas palavras e será mais feliz. No verso de hoje, ele fala de palavras justas. Justiça não é apenas retidão, é também exatidão. Palavras justas são palavras que encaixam, cabem perfeitamente no lugar onde são colocadas. Palavras corretas numa ocasião podem ser incorretas e fora de lugar em outras. A sabedoria coloca nos lábios a palavra certa para o momento certo.
Salomão contrasta a justiça com a perversidade. Ele afirma que nas suas palavras “não há nenhuma coisa torta nem perversa”. A palavra torta, em hebraico, é pathal, e se refere a uma corda cujo fio é tão finamente entrelaçado que ninguém consegue identificar uma linha da outra.
Essa é uma figura para ilustrar as palavras torcidas, a linguagem dupla, uma hora boa, outra ruim. Há conversas maliciosas que dão a entender uma coisa, mas querem dizer outra.
Pessoas que não vivem em comunhão com Jesus usam a linguagem como arapuca. “Plantam verde para colher maduro.” Às vezes, conseguem o que querem, mas o que alcançam não as satisfaz. Ficam com o sabor amargo de uma vitória oca.
A vida da pessoa sábia é de crescimento. Sempre existem novos horizontes a serem alcançados em todas as áreas da vida. Cada dia é um novo desafio, com novas metas e novas propostas. Sabem que da abundância do coração, fala a boca. E então levam o coração a Jesus.
Faça de hoje um dia de vitória e de crescimento. Vigie as suas intenções e as suas palavras. Encha seu coração do amor de Deus e transborde amor aos que encontrar no seu caminho. Diga como Salomão: “São justas todas as palavras da minha boca, não há nelas nenhuma coisa torta, nem perversa.” (texto de Alejandro Bullón - Meditações Diárias 2007 - Janelas para a Vida)
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Alma e corpo

Compadece-te de mim, Senhor, porque me sinto atribulado, de tristeza os meus olhos se consomem, e a minha alma e o meu corpo. Sal. 31:9.
Amanheceu mais um dia em sua vida. O sol brilha esplendoroso lá fora. Mas as nuvens da tristeza e da aflição parecem asfixiá-lo? Ao invés de sair por aí, contando como “a vida é injusta”, por que você não faz o que Davi fazia quando estava triste? Por que não vai até Jesus, abre o seu coração e chora na Sua presença? Deus sempre está disposto a ouvir o clamor sincero de Seus filhos e, com certeza, ouvirá o seu também.
No salmo de hoje, Davi expressa seu conceito de unidade do ser humano. Mente, coração e corpo não podem ser divididos. Quando a vida espiritual anda mal, necessariamente afeta a vida emocional e física. “De tristeza os meus olhos se consomem, e a minha alma e o meu corpo”, afirma o salmista. Alma e corpo. A dimensão espiritual está ligada à vida física do homem. Inutilmente, o ser humano procura estar bem de um lado, menosprezando o outro.
Este salmo foi escrito por Davi nos terríveis meses que se seguiram ao seu pecado de adultério e assassinato. Sua consciência o atormentava com crueldade e sofria as conseqüências terríveis do pecado. Alguns salmos sugerem a idéia de que, nesse tempo, Davi não foi atormentado só pela culpa, mas também pela lepra.
Existem enfermidades físicas que são fruto de uma consciência culpada. Um dia trouxeram um paralítico até Jesus. O Mestre disse: “Filho, teus pecados estão perdoados.” Mar. 2:5. A multidão não entendia. Eles achavam que aquele paralítico precisava ser curado e não perdoado. Não conseguiram enxergar a relação entre a vida espiritual e a vida física.
Jesus então enfatiza essa relação ao dizer: “Para que saibais que o Filho do homem tem sobre a Terra autoridade para perdoar pecados – disse ao paralítico: ... Levanta-te, toma o teu leito e vai para tua casa.” Mar. 2:10 e 11. Tiago acrescenta: “A oração da fé salvará o enfermo, e o Senhor o levantará; e, se houver cometido pecados, ser-lhe-ão perdoados.” Tia. 5:15.
Confie sempre na misericórdia perdoadora de Deus, e hoje, antes de partir para as suas atividades, ore no seu íntimo: “Compadece-te de mim, Senhor, porque me sinto atribulado, de tristeza os meus olhos se consomem, e a minha alma e o meu corpo.” (texto de Alejandro Bullón - Meditações Diárias 2007 - Janelas para a Vida)
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Lâmpada e luz

Porque o mandamento é lâmpada, e a instrução, luz; e as repreensões da disciplina são o caminho da vida. Prov. 6:23.
Cristina, uma jovem portuguesa, me perguntava como era possível que um Deus de amor e liberdade pudesse ter ensinamentos tão limitadores e proibitivos. “Não combina”, dizia ela. “Algo está errado com a Bíblia.” Mas o erro não está na Bíblia, e sim com o conceito errado dos conselhos divinos.
Salomão fala hoje de três coisas: o mandamento, a instrução e as repreensões. Ele compara o mandamento e a instrução com a lâmpada e a luz. Ambas servem para romper o poder das trevas, que é destrutivo. Em meio à escuridão, você não enxerga o caminho e não tem condições de chegar ao seu destino. Em meio às sombras, você não anda com presteza, avança com dificuldade e, quando percebe, já está relegado a um segundo plano. Quando não há luz, você não distingue as formas nem as cores. Acreditando que está escolhendo o verde, pode estar pegando o vermelho. Em meio à escuridão, você caminha, sem saber, no rumo da própria morte.
O ser humano precisa da luz e da lâmpada. Sem eles, não há como atravessar a escuridão deste mundo e chegar com êxito onde deseja. É preciso luz para saber qual o caminho certo. Os mandamentos e as instruções divinas são essa luz. Seu propósito não é cercear a liberdade, mas iluminar o caminho.
As repreensões, por sua vez, têm como propósito despertá-lo quando está adormecido e trazê-lo de volta ao caminho da vida quando está se aproximando perigosamente da morte.
Pense, por exemplo, na última derrota que você sofreu. Tente descobrir a causa. Tudo aquilo teria acontecido se você tivesse prestado atenção às instruções divinas? A vida está cheia de leis e princípios. O respeito a essas leis é garantia de bem-estar. Menosprezá-las é teimosia e imprudência. O preço é sempre alto.
Antes de iniciar as atividades deste novo dia, olhe à sua volta. Comece por você e por seus amados. Que ajustes precisam ser feitos? Que passos precisam ser dados para conservar a harmonia de relacionamentos gratificantes? Tenha em conta a Deus. “Porque o mandamento é lâmpada, e a instrução, luz; e as repreensões da disciplina são o caminho da vida.” (texto de Alejandro Bullón - Meditações Diárias 2007 - Janelas para a Vida)
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Não se indigne

Não te indignes por causa dos malfeitores, nem tenhas inveja dos que praticam a iniqüidade. Sal. 37:1.
Você e Mário ingressaram na empresa no mesmo ano. Seu currículo é melhor e vem acompanhado de anos de experiência qualificada. O tempo passa, e você percebe que Mário faz coisas que você não teria coragem de fazer. Se o fizesse não poderia viver em paz consigo mesmo. Mas seu colega, sem escrúpulos, ascende com rapidez, enquanto você começa a ficar para trás. O pior de tudo é que ninguém parece se importar com a falta de ética de Mário. O que fazer?
O conselho divino para você hoje é: “Não te indignes.” Em outras palavras, fique calmo. Que isso não o perturbe nem lhe tire o sono. Sabe por quê? O verso seguinte dá a resposta. “Pois eles dentro em breve definharão como a relva e murcharão como a erva verde.”
É uma lei da vida: O sucesso que vem rápido, rápido desaparece. E, mesmo assim, é um sucesso que não traz satisfação. No fim da história, só é vazio e angústia.
Às vezes, Deus permite que os inescrupulosos alcancem vitórias terrenas. Essas aparentes vitórias podem ser chamadas de sucesso, mas não são. Riqueza, poder, fama e tudo aquilo que o ser humano de nossos dias busca com avidez não é necessariamente prosperidade.
Você pode achar uma pessoa rica e infeliz. Pode encontrar nos caminhos da vida gente famosa e desesperada. Não é difícil ver um intelectual, cheio de títulos universitários, lamentando-se como o poeta Ruben Dario: “Feliz a pedra porque não tem vida.”
Vale a pena viver se você sente que está morto? Qual é a vantagem de ter coisas e alcançar metas, se tudo aquilo pelo qual você trabalhou a vida toda não traz satisfação ao seu desesperado coração?
Pense em dois homens do passado: Hitler e Mussolini. Não alcançaram o que queriam? Não houve um tempo em que pareciam vitoriosos? E, no entanto, onde estão hoje? Qual foi o triste fim de ambos?
Por isso, continue na busca dos seus objetivos, trilhando a senda agreste dos princípios e valores espirituais. Hoje, nas diferentes circunstâncias da vida: “Não te indignes por causa dos malfeitores, nem tenhas inveja dos que praticam a iniqüidade.” (texto de Alejandro Bullón - Meditações Diárias 2007 - Janelas para a Vida)
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Cumprindo a missão

O mau mensageiro se precipita no mal, mas o embaixador fiel é medicina. Prov. 13:17.
Uma das lições importantes da vida é que a felicidade se conquista todos os dias no cumprimento do dever. A literatura da sabedoria, no mundo antigo, estava freqüentemente direcionada a orientar os embaixadores no cumprimento de seu dever. A fidelidade do mensageiro determinava o sucesso da missão. Dessa perspectiva, “o mau mensageiro” mencionado no verso de hoje não se refere ao mensageiro que levava notícias tristes, mas ao mensageiro negligente que não cumpria bem a sua missão.
Suponhamos que o exército tivesse perdido a batalha. O mensageiro tinha a missão de levar essa notícia ao rei. Por mais doloroso que pudesse ser, ele não podia omitir-se do seu dever.
Quando o filho rebelde de Davi, Absalão, morreu na batalha, houve um mensageiro que se apressou para dar a notícia ao rei. Mas diante da pergunta: “O que aconteceu com o meu filho?”, o mensageiro disse: “Não sei, meu senhor, somente sei que o nosso exército venceu” (ver II Sam. 18).
Esse mensageiro era um mau mensageiro. Omitiu-se, negligenciou seu dever, não cumpriu sua missão de maneira íntegra. O texto afirma que aquele que não cumpre com o seu dever “se precipita para o mal”. No original, dá a entender que é passível de castigo.
Pode haver maior castigo para a pessoa negligente do que o sentimento de não realização? Todo mundo prospera, menos você. Todos crescem, todos são bem-sucedidos, e você sente que está sempre no mesmo lugar, assistindo ao desfile dos vitoriosos.
O tema central do texto de hoje é a felicidade. Cumpra a sua missão e cumpra-a bem. Isso é parte de uma vida realizada e feliz.
Por que você não pára uns minutos para revisar, hoje, os três últimos trabalhos que você realizou? Você os fez de maneira completa? Ou os deixou quase no fim porque tinha outras coisas mais importantes para fazer? O que é mais importante do que cumprir bem a missão, por mais insignificante que pareça? O trabalho bem cumprido é o melhor retrato de uma pessoa vitoriosa.
Peça a Deus sabedoria para enxergar as coisas que você precisa mudar, e depois parta para os cumprimentos dos desafios que a vida lhe apresentar. E lembre-se: “O mau mensageiro se precipita no mal, mas o embaixador fiel é medicina.” (texto de Alejandro Bullón - Meditações Diárias 2007 - Janelas para a Vida)
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Amo a tua casa

Eu amo, Senhor, a habitação de Tua casa e o lugar onde Tua glória assiste. Sal. 26:8.
Andando nas ruas, nos aeroportos ou viajando por aí, encontro com freqüência pessoas que dizem: “Eu amo Jesus, considero-me um cristão, mas não gosto da religião. Não pertenço a nenhuma igreja.”
Essa maneira de pensar parece ser “politicamente correta” hoje. Existem pessoas sinceras que acreditam que a igreja não é necessária. O que realmente importa é “estar bem com Jesus”. Mas o texto de hoje afirma que Deus tem uma casa onde a Sua glória se revela, e esse lugar de habitação é a igreja.
Isto significa que Deus precisa de uma casa para habitar? Claro que não! Na ocasião em que Salomão inaugurou o templo de Israel, ele orou dizendo: “Mas, de fato, habitará Deus na Terra? Eis que os céus e até o Céu dos céus não Te podem conter, quanto menos esta casa que eu edifiquei.” I Reis 8:27.
Não, o templo não é construído por causa de Deus, nem a igreja existe porque Deus precisa de seres humanos que O adorem. É tudo o contrário. O ser humano precisa de uma igreja e de um templo.
Quando Israel viajava pelo deserto, Deus ordenou: “E Me farão um santuário, para que Eu possa habitar no meio deles.” Êxo. 25:8.
A construção do templo foi a resposta divina à carência humana. Deus não precisa habitar em nosso meio. Somos nós que precisamos tê-Lo ao nosso lado.
“Sim”, você pode dizer, “mas para isso não preciso de igreja nenhuma.” Precisa sim. Você é uma brasa que, fora do braseiro, está condenado a apagar-se e virar cinza. É próprio da natureza humana. Ninguém pode ser uma ilha e viver sozinho. Uns precisam dos outros e todos precisamos de Deus. A igreja é o lugar onde a glória de Deus se revela e a presença de Deus se faz sentir, conservando a experiência espiritual viva, a despeito de seres humanos fracos e defeituosos.
Se a Bíblia é o roteiro para uma vida feliz, e se os conselhos divinos nunca falham, por que este conselho não serviria? Por isso, hoje, antes de iniciar as atividades do dia, diga como Davi: “Eu amo, Senhor, a habitação de Tua casa e o lugar onde Tua glória assiste.” (texto de Alejandro Bullón - Meditações Diárias 2007 - Janelas para a Vida)
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Prioridades

Melhor é o pouco, havendo o temor do Senhor, do que grande tesouro onde há inquietação. Prov. 15:16.
Que as coisas espirituais são mais importantes do que as materiais, todo cristão sabe. Pelo menos em teoria. É o que se aprende desde criança. “É necessário colocar a Deus em primeiro lugar.” Fácil de ser dito. O problema é levar essa teoria bonita para o terreno da experiência diária. No mundo materialista em que vivemos, torna-se difícil pensar em Deus quando as crianças estão com fome e com frio, e não há nada para satisfazer às necessidades básicas.
A mensagem de hoje não é uma apologia à pobreza. Existem pessoas que vêem o cristianismo como sinônimo de pobreza. O pensamento bíblico é contrário a esta idéia. Na Bíblia, encontramos os seguidores de Jesus como pessoas abençoadas, em cuja vida há abundância. Salomão afirma no texto de hoje que é melhor ser pobre e estar em paz com Deus e com os homens do que ser rico e infeliz.
Existem pessoas obcecadas pelo dinheiro. Não medem conseqüências, deixam os escrúpulos de lado e usam qualquer método para conseguir riquezas. Deus, a família e os valores passam para um segundo plano. Os anos passam, a velhice chega e, um dia, descobrem que se esqueceram de viver. Irônico é que trabalharam tanto, lutaram e se esforçaram tanto para “viver melhor” e não viveram, apenas existiram.
Pessoas sábias colocam as primeiras coisas em primeiro lugar. Qualquer problema torna-se possível de administrar quando você faz isso. A Bíblia é clara ao afirmar: “No princípio... Deus...” Gên. 1:1. No princípio de tudo. Dos negócios, da vida familiar, empresarial, profissional etc. Quando você constrói sua vida e seus sonhos sobre firme fundamento, com certeza o prédio permanece.
Faça de hoje um dia para rever as prioridades. O que é mais importante para você. Qual é o lugar que Deus e a sua família estão recebendo? Isso determinará a exuberância de sua satisfação porque, para ser feliz, não basta realizar muito. E sim sentir-se realizado com o fruto do trabalho.
Que Deus lhe dê um dia cheio de vitórias. E lembre-se: “Melhor é o pouco, havendo o temor do Senhor, do que grande tesouro onde há inquietação.” (texto de Alejandro Bullón - Meditações Diárias 2007 - Janelas para a Vida)
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Minha fragilidade

Dá-me a conhecer, Senhor, o meu fim e qual a soma dos meus dias, para que eu reconheça a minha fragilidade. Sal. 39:4.
Hoje, quero convidar você a pensar na brevidade da vida. É o que o salmista faz. Ele nos leva a pensar. O inimigo não gosta que o ser humano pense, especialmente quando se trata de assuntos espirituais. Essa é a melhor maneira de levá-lo a viver descuidadamente, como se a vida nunca fosse terminar.
O apóstolo Tiago parece desenvolver o pensamento do texto de hoje ao declarar: “Atendei, agora, vós que dizeis: Hoje ou amanhã, iremos para a cidade tal, e lá passaremos um ano, e negociaremos, e teremos lucros. Vós não sabeis o que sucederá amanhã. Que é a vossa vida? Sois, apenas, como neblina que aparece por instante e logo se dissipa.” Tiago 4:13 e 14.
A Bíblia não ensina que fazer planos seja errado. Uma vida sem planos não tem sentido. O salmista aconselha a planejar, tendo em conta a brevidade da vida.
Se você tivesse que fazer apenas cinco coisas na vida: criar seus filhos, conseguir um título profissional, construir uma casa, estar em paz com Jesus e deixar uma boa herança para seus filhos. Qual seria a ordem de prioridade? Que coisa você faria primeiro? Qual deixaria para o fim? Uma coisa depende da outra? Com certeza; mas o fundamento espiritual lhe dá sentido a tudo.
Quantas vezes encontro pessoas que, no fim da existência, lamentam-se pelo tempo perdido e as oportunidades desperdiçadas.
Um homem que cometeu suicídio ao descobrir que estava com Aids deixou escrito o seguinte: “Deus me chamou na meninice, na juventude e na vida adulta. Nunca quis ouvir Sua voz. Hoje, descobri que estou condenado. Sei que morrerei e sinto a voz de Deus chamando-me. Mas, por que devo aceitar, se a minha vida já não tem valor?”
Você reconhece a sua fragilidade? Sabe que hoje é, mas que amanhã não será? Por que não dar valor às coisas que realmente valem? Por que não mudar as prioridades da vida? Amar, perdoar, dar uma nova oportunidade a quem errou. Desfrutar as alegrias simples da vida, importar-se com as lágrimas de uma criança, ser gentil; enfim, são coisas pequenas que valem a pena serem vividas. Que a sua oração seja: “Dá-me a conhecer, Senhor, o meu fim e qual a soma dos meus dias, para que eu reconheça a minha fragilidade.” (texto de Alejandro Bullón - Meditações Diárias 2007 - Janelas para a Vida)
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Memória abençoada

A memória do justo é abençoada, mas o nome dos perversos cai em podridão. Prov. 10:7.
Uma característica dos provérbios é o uso da antítese. Através da antítese, o autor ensina uma lição por contraste. Apresentam-se dois caminhos, duas situações ou dois destinos, e implicitamente deixa-se a escolha com o leitor.
No verso de hoje, fala-se do justo e do perverso. O que acontece com a memória do perverso? O perverso não tem em conta a Deus nas suas decisões e, quando morre, “cai em podridão”, afirma o texto.
Você se atreveria a colocar no seu filho o nome de Judas, Nero ou Hitler? Mas você encontra cachorros com esses nomes. Isto mostra que “os perversos” não são esquecidos. São lembrados, mas com pena, com dó, com tristeza e, às vezes, com mágoa e raiva.
Em vida, essas pessoas tiveram tudo o que o ser humano aparentemente precisa para ser feliz: fama, riqueza, prazer e poder. Compensou? Quem sabe sim, do ponto de vista humano. Mas, e aí? A vida é apenas isso?
Multidões correm atrás das luzes fascinantes desta vida. Glória, fama, riqueza e poder parecem tornar-se as coisas mais importantes, enquanto as pessoas amadas ficam à beira do caminho, esperando uma palavra de amor, um gesto de carinho, ou um pouco de tempo para sentir-se importante. A vida passa. Quando você percebe, a primavera e o verão já foram, o inverno chegou e você está só, cheio de dinheiro, poder e fama, talvez. Mas irremediavelmente só.
Em contraste, “a memória do justo é abençoada”. Porventura, não se contam até hoje as histórias de José, Daniel, Isaque e outros heróis da fé?
Preciso todos os dias revisar os valores que me inspiram, preciso repensar as minhas motivações. Quanto vale a confiança de um filho, a compreensão da esposa ou o sorriso de um neto? Quanto vale o olhar agradecido de alguém a quem ofereci um pouco de meu tempo?
Você está vivendo e trabalhando só para esta vida ou também para a eternidade? Analise isso, porque “a memória do justo é abençoada, mas o nome dos perversos cai em podridão”. (texto de Alejandro Bullón - Meditações Diárias 2007 - Janelas para a Vida)
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segunda-feira, 3 de agosto de 2009

Amizades perigosas

Não me tenho assentado com homens falsos e com os dissimuladores não me associo. Sal. 26:4.
Ainda me lembro do garoto alegre e cheio de vida sentado à mesa, na hora do almoço. Dezesseis anos. Olhos azuis e muita vontade de viver. Filho único e orgulho de seus pais. O homem de cabelo cor de prata olhava para o filho e dizia: “Ele vai ser médico e, quando se formar, vou vender a metade da fazenda para que ele tenha o seu próprio hospital.” Planos, sonhos, projetos que todo pai faz em torno do filho amado.
Três anos depois, voltei àquela cidade e o pai desesperado me procurou. Seu filho estava completamente destruído. Parecia uma fera enjaulada, amarelo, cheio de tiques nervosos, não tinha sequer coragem de levantar o rosto e olhar para mim.
“O que fizeram com o seu filho?”, perguntei. “Foram os falsos amigos que o levaram para as drogas. Agora é isso o que sobra daquele garoto bonito que o senhor conheceu um dia”, foi a resposta daquele pai, aos prantos.
“Homens falsos e dissimuladores” não apareceram no século 21. Nos tempos de Davi já existiam. Chegam até você como quem não quer nada ou talvez como querendo o seu bem. Conquistam sua confiança, ganham sua admiração e, quando você menos espera, dão o bote como cobras peçonhentas.
Isso não acontece apenas com os jovens inexperientes. Os falsos dissimuladores estão todos os dias em todos os lugares. No trabalho, na rua onde você mora, na escola etc.
Davi dizia com convicção: “Não me tenho assentado com homens falsos e com os dissimuladores não me associo.” E quanto a você? Peça a Deus que abra os seus olhos para perceber quem é falso e dissimulador. Peça a Deus que coloque colírio nos seus olhos para ver a diferença entre o trigo e o joio.
Não se ausente da vida. Participe na sua comunidade. Seja amigo de todos, estenda a mão a todos. Apenas faça como Davi. Não se assente com eles. Não participe de seus planos nem seus ardis, porque esse caminho, mas cedo ou mais tarde, o destruirá.
Hoje é um novo dia. Um dia para repensar seus valores e suas amizades. Um dia para voltar atrás e corrigir os erros. Essa é a maravilha de todo novo dia.
Antes de iniciar suas atividades de hoje, diga como o salmista: “Não me tenho assentado com homens falsos e com os dissimuladores não me associo.” (texto de Alejandro Bullón - Meditações Diárias 2007 - Janelas para a Vida)
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Declaração de amor

Por isso, saí ao teu encontro, a buscar-te, e te achei. Prov. 7:15.
Ao longo de quase quatro décadas, tenho viajado por muitos países e falado do amor de Jesus para multidões, em estádios, teatros, praças públicas e os mais diversos e estranhos tipos de auditório.
Em certa ocasião, falei na Praia de Camburi, na cidade de Vitória, Brasil. Milhares de pessoas sentadas em cadeiras de praia ou em pé ouviam as mensagens de esperança extraídas da Bíblia. Foi nessa ocasião que o Senhor alcançou Érico. Semidrogado, perambulava pela praia quando se deparou com a mensagem de Deus. Os hinos cantados enterneceram o seu coração e, na penumbra de sua mente embotada pelas drogas, brilhou a esperança de regeneração e liberdade.
Conheci Érico, anos depois. Seus olhos brilhavam de emoção quando me contou que naquela noite ele saíra de casa para ir ao encontro de amigos e de mais droga. No entanto, encontrou Jesus.
Embora muitos como Érico acham que um dia encontraram Jesus, a verdade é que foi Jesus quem nos achou, porque foi Ele quem nos buscou. Érico saiu naquela noite para buscar drogas. Mas não sabia que um dia Jesus saíra dos Céus para buscar Érico.
O ser humano, por natureza, só procura aquilo que o faz sofrer. Somos estranhamente incoerentes. A dor nos aterroriza e, no entanto, a procuramos. Queremos desesperadamente alcançar a felicidade; porém, fugimos dela seguindo os nossos próprios caminhos. Nada dá certo mas insistimos, até que um dia caímos exaustos, sem saber mais aonde ir nem o que fazer.
Outro dia, vi um garotinho de oito meses chupando limão. Chupava e depois fazia cara feia e chorava, mas continuava procurando o limão.
Se dependesse de nós, passaríamos a vida procurando o que nos destrói, perambulando nas sombras da noite pelas praias da vida sem horizontes. Se dependesse da busca louca do nosso coração, encontraríamos somente frustração e vazio, mas graças a Deus que um dia o Senhor Jesus Cristo deixou tudo e veio nos procurar.
O verso de hoje expressa a mais bela declaração de amor que o ser humano poderia ouvir. Leve esta declaração com você hoje: “Por isso, saí ao teu encontro, a buscar-te, e te achei.” (texto de Alejandro Bullón - Meditações Diárias 2007 - Janelas para a Vida)
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Acudir ao necessitado

Bem-aventurado o que acode ao necessitado; o Senhor o livra no dia do mal. Sal. 41:1.
Este é o terceiro salmo que começa com a palavra “bem-aventurado”. Os outros são: o Salmo 1 e o 32. Bem-aventurado quer dizer: “feliz”, “abençoado”. Quem não anela ser feliz?
Este salmo tem estreita conexão com o salmo anterior. Neste último, o salmista termina dizendo: “Eu sou pobre e necessitado.” Sal. 40:17. Depois, vem o verso de hoje: “Bem-aventurado o que acode ao necessitado.”
Evidentemente, Davi está falando dele como o necessitado. Mas Davi não era pobre em recursos materiais. Este salmo foi escrito durante a rebelião de Absalão, seu filho. Na época, o salmista já era o rei de Israel. Um rei nunca passa por necessidades materiais; portanto, a promessa de hoje não é simplesmente para quem dá uma esmola na rua, ou oferece um prato de comida ao faminto.
Pobreza é carência, falta. A pobreza começa quando as coisas acabam. Uma pessoa não é pobre só porque vive num barraco simples ou veste roupa remendada. Uma pessoa também é pobre quando as forças chegam ao fim, quando o cônjuge morre, o filho está na prisão, a alegria desaparece e a tempestade envolve a vida.
A promessa de Deus hoje é para todos aqueles que são capazes de enxergar um coração quebrantado, uma alma ferida, um ser fragilizado com fome de pão ou de consolo, e estão prontos a estender a mão ou oferecer uma palavra de conforto. A estes, diz: “O Senhor o livra no dia do mal.”
Observe bem a promessa. O Senhor não diz que o livrará do mal, mas “no dia do mal”.
Quando você pergunta por que sofre, se anda nos caminhos do Senhor e faz a Sua vontade, está cobrando de Deus uma promessa que Ele nunca fez.
“O dia do mal” sempre tocará a vida dos filhos de Deus na Terra. Mais cedo ou mais tarde, sempre teremos uma lágrima a derramar. Mas se você estendeu a mão para ajudar e confortar o pobre e o necessitado no “dia do mal” deles, com certeza Deus estenderá Sua mão para tirá-lo das dificuldades quando a provação chegar na sua vida.
Por isso, ao longo do dia, peça a Deus que abra seus olhos para ver um necessitado e acudi-lo, porque: “Bem-aventurado o que acode ao necessitado; o Senhor o livra no dia do mal.” (texto de Alejandro Bullón - Meditações Diárias 2007 - Janelas para a Vida)
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Fale apenas o necessário

O homem prudente oculta o conhecimento, mas o coração dos insensatos proclama a estultícia. Prov. 12:23.
Existe um ditado indiano que afirma: “Não fale tudo o que sabe, porque quem fala tudo o que sabe, geralmente fala o que não convém.” Pessoas que sabem muito não fazem questão de mostrar que sabem. São prudentes. Calam-se quando é preciso e falam no tempo oportuno. O sábio sabe o que fala, porque sabe o que pensa.
Pessoas que falam mais que o necessário carregam com freqüência complexos que controlam suas palavras e atitudes. Precisam ser o centro da atenção e, na maioria das vezes, mostram ter domínio de temas que desconhecem.
No silêncio do coração, essas pessoas sofrem porque percebem a insensatez de “proclamar estultícias”, mas o desejo de “aparecer” é quase instintivo.
Um dia essa pessoa conhece valores éticos e a dor aumenta. Luta para aplicar os conceitos aprendidos. Luta consigo mesma, contra seus complexos, temores e traumas que não consegue identificar. É uma luta injusta. Ninguém vence um inimigo oculto. É uma batalha cruel. A pessoa sofre a angústia de não viver a teoria que conhece. Sabe por que as coisas não dão certo na vida, por que seu casamento anda mal, e o relacionamento com os filhos é péssimo. Tenta, mas seus esforços são inúteis.
A incoerência de muitos livros de auto-ajuda é que apresentam o sorvete maravilhoso, mas não dizem como consegui-lo. “Tire a energia que existe dentro de você”, afirmam. “Descubra seu potencial”, proclamam. E cada vez que você olha para dentro de si, em busca do badalado “potencial”, só encontra um mundo difuso e sem forma, de sombras que o assustam.
O melhor livro de auto-ajuda que existe é a Bíblia. Não existem princípios de “inteligência emocional” que não estejam registrados no texto bíblico. A diferença é que a Bíblia o conduz a Jesus, a única pessoa capaz de colocar ordem no seu mundo interior.
Vá a Jesus hoje. A verdadeira energia vem do alto, não de dentro. E lembre-se: “O homem prudente oculta o conhecimento, mas o coração dos insensatos proclama a estultícia.” (texto de Alejandro Bullón - Meditações Diárias 2007 - Janelas para a Vida)
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Luz e salvação

O Senhor é a minha luz e a minha salvação; de quem terei medo? O Senhor é a fortaleza da minha vida; a quem temerei? Sal. 27:1.
Ligou para mim um empresário que atravessava seu pior momento financeiro. Nada dava certo. Já havia feito todos os ajustes necessários para tirar a empresa do sufoco, mas parecia inútil.
“Precisava passar por esta provação para saber que meu cristianismo e a minha confiança em Deus não passavam de mera teoria” – expressou angustiado. “Confiar em Deus quando a empresa crescia era fácil. Mas, hoje, que estou à beira da falência, compreendo que nunca fui um bom cristão” – concluiu.
Você já experimentou o desânimo em momentos difíceis da vida? O verdadeiro cristão nunca fraqueja? Sua fé permanece inabalável em meio à tormenta?
Talvez você tenha que ler todo o Salmo 27. Escolhi para o devocional de hoje apenas o verso um. O salmista expressa nele toda a sua confiança em Deus. “O Senhor é a minha salvação; de quem terei medo?” pergunta. “O Senhor é a fortaleza da minha vida; a quem temerei?”, indaga. Que confiança!
Os primeiros seis versículos deste salmo são declarações extraordinárias de confiança em Deus. “Ainda que um exército se acampe contra mim, não se atemorizará o meu coração; e, se estourar contra mim a guerra, ainda assim terei confiança”, declara o salmista no verso 3.
Mas, de repente, no verso 7 acontece algo estranho. Toda aquela confiança desaparece. Na segunda metade do salmo, encontramos um Davi medroso: “Ouve, Senhor, a minha voz; eu clamo, compadece-Te de mim e responde-me.”
O que aconteceu com toda a confiança da primeira parte? Nada. Estava ali, no mesmo lugar. Só que o coração do salmista é um coração humano, como o seu e o meu. Tão humano quanto o de Jesus na cruz do Calvário, ao perguntar ao Seu Pai: “Por que Me desamparaste?” Mat. 27:46.
O Pai não O havia abandonado. Assim como não abandonou Davi em meio à tribulação e como não abandonará você nunca, embora seu coração, às vezes pressionado pela dor e sofrimento, sinta que Deus não se lembra de você.
Por isso, hoje, não importa que tudo ande bem ao seu redor, ou que a tormenta assustadora pareça afundar sua embarcação, ore ao Senhor dizendo: “O Senhor é a minha luz e a minha salvação; de quem terei medo? O Senhor é a fortaleza da minha vida; a quem temerei?” (texto de Alejandro Bullón - Meditações Diárias 2007 - Janelas para a Vida)
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