quinta-feira, 29 de maio de 2008
Como ter fé se não conheço
quarta-feira, 21 de maio de 2008
Felicidade
E depois da morte?
segunda-feira, 12 de maio de 2008
Os dons de cada um
Sal da terra
segunda-feira, 5 de maio de 2008
Um planeta chamado homem
Neste pequeno planeta, que, de tão pequeno nem sequer seria visível de Júpiter, aconteceu um fenômeno incrível chamado homem, feito de humo, feito de terra, feito de pó. Bíblia não é um livrinho tão ingênuo quanto alguns cidadãos, supostamente mais cultos, gostariam de supor. Em parábolas e alegorias fala do ser chamado semelhante, (homo) em grego; ou de adamah- terráqueo, Adão. Trata do habitante que poderia mudar e mudou o planeta em que vive. Mas ele mesmo é um planeta: não viveria sem o outro, como também o planeta terra não vive sem o sol!
Na história da criação do primeiro casal, há uma colocação impressionante e lúcida: ADAM foi o nome que o autor achou para descrever o ser inteligente e especial que Deus criara. ADAM, de barro, se liga à idéia de terra e humo. A humanidade é terra. É pó. E o ser humano é semelhante a quem o criou. Não é igual: lembra quem o fez.
Vieram os cientistas e pesquisadores e afirmaram que o ser humano é composto basicamente de seis elementos, como também o é a vida. Como o planeta, ele é mais água do que sólido. Como a Terra e demais corpos celestes, é o equilíbrio de seus átomos que o mantém funcionando como um pequeno universo. O que acontece em escala gigantesca, com os astros, gravitando em torno uns dos outros e formando um corpo inteligente: o cosmos, também se dá com o homem. É ele um pequeno universo que reproduz, em escala de microcosmo, as mesmas evoluções do macrocosmo.
Quem criou o Universo, criou este planetinha chamado Gaia, Terra, Earth, Tierra. Quem criou este planetinha, criou um tipo de ser inteligente que veio da terra, que para ela deve voltar e age estreitamente ligado a ela. Em cada árvore que ele mata, em cada rio que polui, em cada metro de céu que suja, o homem morre um pouquinho. Cada floresta derrubada é um suicídio coletivo. Age como o sujeito tolo que serra o galho em que está e cai com ele. É por isso que somos todos suicidas quando permitimos que se desmatem milhares de áreas verdes, ou quando não reagimos às poluições ambiental, visual e sonora. Morremos um pouco quando nos calamos diante de testes atômicos, e assistimos, impassíveis, ao assassinato da vida no planeta.
Somos tão culpados quanto o médico que faz o aborto, a mãe que o decide e a enfermeira que assiste. Criança inocente é como a natureza, seu crime é estar no lugar que queríamos ocupar, ou ocupar um lugar que desejamos lhe tirar. Na sanha de desmatar, poluir e sujar, como aprendizes de feiticeiros, enquanto brincamos com armas atômicas e bacteriológicas, estamos nos matando. E se a terra morrer, o homem morre. Morre junto à árvore destruída, junto ao riacho poluído que, antes, servia à população.
Fonte: Padre Zezinho - ceu.climatempo.com.br - 30/04/2008)